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A Nippon Oil, maior empresa japonesa de refinamento de petróleo, anunciou um acordo de fusão com a Nippon Mining, uma companhia menor do mesmo setor, o que criará a oitava maior companhia mundial da área em termos de vendas.
A fusão deve se tornar efetiva em outubro de 2009. As cláusulas ainda não foram definidas e a proporção da troca de ações ainda será examinada. As empresas assinaram um acordo de princípio.
As duas empresas têm em conjunto um terço do mercado japonês de combustíveis para veículos, com 13.500 postos de gasolina entre as marcas ENEOS (Nippon Oil) e JOMO (Nippon Mining). A nova empresa terá 10 refinarias e pretende aumentar as atividades de exploração no exterior.
O volume de negócios combinado dos dois grupos supera 13 trilhões de ienes (110 bilhões de euros) e coloca a nova companhia na oitava posição do ranking mundial da indústria petroleira, à frente da China Petroleum.
A maior empresa japonesa do setor do petróleo será a quarta companhia nipônica entre todos os setores, em termo de faturamento, atrás da montadora Toyota Motor e das empresas de negócios Mitsubishi Corporation e Mitsui & Co.
"A consolidação é crucial para o setor de refino de petróleo japonês em função do aumento da capacidade", disse David Hewitt, analista de energia da CLSA Asia Pacific Markets. "A demanda vem diminuindo significativamente de ano para ano na comparação com o aumento da venda de combustíveis para as companhias, o que é um fenômeno temporário", acrescentou Hewitt.
De acordo com comunicado divulgado ontem em conjunto pelas companhias, a Nippon Oil e a Nippon Mining, reduzirão suas capacidades de refino em 200 mil barris por dia, ou 24% da capacidade combinada dos grupos, nos próximos dois anos.
Novas subsidiárias
"A queda na demanda por combustíveis aumentou a preocupação com a crise e novas quedas nos lucros serão desfavoráveis para essa ação decisiva", informou a Nippon Mining. "É vital para a Nippon Mining elevar nossos fundos com investimentos mais agressivos nos negócios com metais em todo o mundo", acrescenta o comunicado.
A fusão acontece depois de a BHP Billiton Ltd., a maior companhia mineradora do mundo, retirar sua oferta hostil de compra pelo Rio Tinto Group em função da queda nos preços das commodities.
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