O IPT desenvolve com a Petrobras projeto inovador para construção de túnel do gasoduto que ligará litoral e planalto.
Redação/ AgênciasEquipes dos centros de Tecnologias Ambientais e Energéticas (Cetae) e de Tecnologia de Obras de Infraestrutura (CT-Obras), ambos do IPT, iniciaram em 2007 uma série de estudos para a Petrobras. Segundo o pesquisador e coordenador do projeto Agostinho Tadashi Ogura, do Cetae, foram estudada alternativas de locação e tecnologias de traçado para o Gastau, o gasoduto que ligará Caraguatatuba a Taubaté. “Na verdade, o ponto de partida do gasoduto fica a 147 quilômetros do litoral de Caraguatatuba, onde estão as reservas de gás da Bacia de Santos. Estudamos o ponto mais crítico do traçado, que é a travessia da Serra do Mar, uma área sensível, sujeita a muita chuva e escorregamentos. Levamos em conta aspectos técnicos e ambientais.”´
Os subsídios ao projeto Mexilhão da Petrobras, que irá estruturar a distribuição do gás da Bacia de Santos em todo o território nacional, são elaborados por especialistas nas áreas de engenharia geotécnica e de gestão de riscos do IPT. “As dificuldades geológicas, geotécnicas, ambientais e de engenharia num projeto deste porte motivaram a contratação do IPT pela experiência de seus profissionais. Subsidiaremos a Petrobras para uma gestão segura deste empreendimento, que abrange tanto a construção do túnel, quanto a dos ‘shafts’, que são poços conectores entre o túnel e o planalto.”
A construção do túnel para superar o ponto mais crítico na região da serra foi decidida pela Petrobras, com base em critérios técnicos e econômicos. “O processo – explica Ogura – é pioneiro no Brasil e inovador neste tipo de obra. Com quase cinco quilômetros de extensão, mais 350 metros de quatro ‘shafts’, foram definidas diferentes técnicas de escavação devido às várias características de subsolo. Um trecho de 260 metros será escavado com explosivos pelo método NATM (New Australian Tunnelling Method), outros 22 metros com fogo de perfuração NATM e os 4.770 metros restantes com escavação mecanizada, o popular ‘tatuzão’ (Double Shield).” O gás bruto extraído da plataforma marinha chegará pelos dutos a uma Unidade de Tratamento de Gás onde serão separados resíduos, GLP e condensados. O gás purificado restante deste processo atravessará o túnel seguindo para o planalto.
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