Jornal do Commercio
Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa nesta quinta-feira, após a China anunciar que elevará em até 18% os preços do diesel e da gasolina no mercado doméstico. A notícia provoca questionamentos sobre a resistência da recente disparada do petróleo. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril para julho encerrou com queda de US$ 4,75 (-3,48%), em US$ 131,93. Em Londres, o barril do tipo Brent para agosto recuou US$ 4,44, para US$ 132,00. Corretores temem que a decisão da China de elevar preços contenha o crescimento da demanda por produtos de petróleo, embora alguns analistas argumentem que o padrão de consumo chinês não mudará radicalmente.
O país asiático também vai aumentar os preços de eletricidade e de combustível para aviação. A China controla os preços de produtos de petróleo no varejo e no atacado e os manteve artificialmente baixos durante a escalada de cotações neste ano. A política prejudicou as refinarias do país, que em conseqüência estão tendo fortes prejuízos."Assim que a notícia da China veio, o mercado sentiu o golpe na cara", afirmou Mike Zarembski, analista da OptionsXpress.
É a primeira vez que a China eleva preços de combustíveis desde novembro. Trata-se ainda do aumento mais expressivo em mais de quatro anos. O país asiático é o segundo maior consumidor de energia do mundo e segundo a Agência Internacional de Energia (AIE) responderá por mais da metade do crescimento (estimado em 800 mil barris diários) da demanda global em 2008.
O anúncio chinês veio pouco antes do encontro entre grandes produtores e consumidores de petróleo marcado para este domingo em Jeddah, cidade portuária da Arábia Saudita.
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