Redação TN Petróleo/Assessoria MME
Parceria firmada entre a EPE e o BNDES fomenta a restauração florestal por meio de créditos de carbono.
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME), e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) assinaram, nesta quarta-feira (14/07), acordo de cooperação técnica para estudar incentivos à restauração florestal por meio de créditos de carbono. Com a iniciativa, as empresas dos setores de petróleo e gás terão ampliadas as oportunidades de compensações de emissões de gases de efeito estufa.
A cerimônia virtual contou com a participação da assessora especial em Assuntos Regulatórios do MME, Agnes Costa, do presidente da EPE, Thiago Barral, do diretor de Estudos Econômico-Energéticos e Ambientais da EPE, Giovani Machado, e do diretor de Crédito Produtivo e Socioambiental do BNDES, Bruno Aranha.
O convênio representa um importante passo do BNDES na busca por desenvolver o mercado voluntário de créditos de carbono. Neste contexto, serão analisadas formas de canalizar recursos para atividades de preservação e restauração da vegetação nativa no País.
A aliança visa, ainda, subsidiar a elaboração de um conjunto de instrumentos que auxilie no aumento da confiabilidade e eficiência do mercado voluntário de carbono no Brasil. “Essas ações contribuem para o esforço de transição energética que as empresas de óleo e gás estão fazendo, muitas se transformando em empresas de energia. A iniciativa tem o potencial de agregar um diferencial de qualidade ambiental para nossos produtos no mercado internacional”, afirmou Agnes Costa.
O acordo também prevê a realização de uma agenda de diálogos públicos, multilaterais, com órgãos governamentais, empresas, ONGs e universidades. “O fortalecimento do diálogo com os diversos agentes do setor energético é fundamental na busca de soluções para a promoção da transição energética do País”, declarou a superintendente de Meio Ambiente da EPE, Elisângela Almeida.
A diretoria de Estudos Econômico-Energéticos e Ambientais da EPE, por meio da Superintendência de Meio Ambiente, será a gestora e executora do acordo com o BNDES. Os resultados fornecerão subsídios para a elaboração de um documento-síntese com a proposição de instrumentos de transferência de recursos das empresas para atividades de sequestro e armazenagem de carbono no setor florestal, a título de compensação de emissões, além de alcance de benefícios coletivos relacionados à água, biodiversidade, solo e microclima.
Eficiência energética e dióxido de carbono
O setor de petróleo e gás é a terceira maior fonte de emissões brutas de gases de efeito estufa no Brasil. Um dos grandes desafios dessa indústria é reduzir as emissões ao longo da cadeia de produção e consumo. A maior parte das reduções esperadas de emissões virá de investimentos nas suas próprias unidades de produção, a exemplo de eficiência energética e injeção de dióxido de carbono (CO2) nos poços.
A perspectiva de aumento do consumo per capita de energia até 2030, mesmo com aumento da participação de fontes renováveis, reforça a importância de reduzir emissões por desmatamento e promover a recuperação de vegetação nativa.
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