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Governo pressiona siderúrgicas para ter trilhos "made in Brazil"

O principal alvo tem sido o Grupo Gerdau.

Folha de S. Paulo
05/03/2013 10:56
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Governo pressiona siderúrgicas para ter trilhos "made in Brazil"
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Geral
TER, 05 DE MARÇO DE 2013 08:10
O governo federal está pressionando as siderúrgicas brasileiras a retomar a produção de trilhos no país. O principal alvo tem sido o Grupo Gerdau, que admite estudos sobre o assunto.
O país não produz trilhos desde 1996, quando a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) paralisou a linha em Volta Redonda (RJ) por falta de demanda --ainda hoje, o maior temor do setor.
"Queremos atrair investimentos para incorporar novamente esse produto [o trilho] à indústria nacional", diz em nota a secretária de Desenvolvimento da Produção do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), Heloisa Menezes.
O Brasil importa 100% dos trilhos, ao mesmo tempo em que é um dos maiores produtores mundiais de minério de ferro, a matéria prima para os trilhos. O assunto está na pauta do Conselho de Competitividade de Metalurgia, parte do Plano Brasil Maior, política industrial de Dilma.
DEMANDA
O Planalto sustenta que o pacote ferroviário, lançado em 2012, assegura um mercado para as siderúrgicas. As novas concessões terão de construir 10 mil quilômetros de ferrovias com investimento de R$ 91 bilhões.
Além das novas estradas de ferro, o governo vai exigir dos atuais operadores a reativação de trechos sob concessão, mas não explorados. Boa parte está sucateada.
A Abifer (Associação Brasileira da Indústria Ferroviária) diz que o pacote de concessões vai criar demanda para 1,2 milhão de toneladas de trilhos nos próximos anos.
O setor siderúrgico estima que encomendas anuais de 400 mil a 500 mil toneladas de trilhos sejam suficientes para a retomada da produção. Fonte do setor diz que as siderúrgicas ainda têm dúvidas sobre tal mercado.
A importação atual, indicativo da demanda, tem sido menor do que isso. Dados do MDIC mostram que o país importou 157,2 mil toneladas, em 2011 e 178,5 mil toneladas, em 2012.
ESTUDO
A Folha apurou que a Gerdau tem condições, num prazo inferior a um ano, de adaptar o laminador para a produção de trilho na Açominas.
Em nota, a siderúrgica diz que está estudando o assunto. "A Gerdau esclarece que a possibilidade de produzir trilhos no Brasil continua em estudos e até o momento não há nenhuma definição", diz.
A estatal Valec tem enfrentado problemas para a aquisição de trilhos. A empresa está construindo trechos da ferrovia Norte-Sul e da ferrovia de Interligação Oeste-Leste. A estatal tenta comprar neste momento 240 mil toneladas de trilho.
A licitação foi paralisada depois que o TCU (Tribunal de Contas da União) suspendeu o edital de compra de um dos lotes. A Valec negociava a compra de 95.436 toneladas de trilho para o trecho entre Ouro Verde (GO) e Estrela D'Oeste (SP) e 147.057 toneladas para o trecho entre Ilhéus (BA) e Barreiras (BA). 

O governo federal está pressionando as siderúrgicas brasileiras a retomar a produção de trilhos no país. O principal alvo tem sido o Grupo Gerdau, que admite estudos sobre o assunto.

O país não produz trilhos desde 1996, quando a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) paralisou a linha em Volta Redonda (RJ) por falta de demanda -- ainda hoje, o maior temor do setor.

"Queremos atrair investimentos para incorporar novamente esse produto [o trilho] à indústria nacional", diz em nota a secretária de Desenvolvimento da Produção do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), Heloisa Menezes.

O Brasil importa 100% dos trilhos, ao mesmo tempo em que é um dos maiores produtores mundiais de minério de ferro, a matéria prima para os trilhos. O assunto está na pauta do Conselho de

Competitividade de Metalurgia, parte do Plano Brasil Maior, política industrial de Dilma.

DEMANDA

O Planalto sustenta que o pacote ferroviário, lançado em 2012, assegura um mercado para as siderúrgicas. As novas concessões terão de construir 10 mil quilômetros de ferrovias com investimento de R$ 91 bilhões.

Além das novas estradas de ferro, o governo vai exigir dos atuais operadores a reativação de trechos sob concessão, mas não explorados. Boa parte está sucateada.

A Abifer (Associação Brasileira da Indústria Ferroviária) diz que o pacote de concessões vai criar demanda para 1,2 milhão de toneladas de trilhos nos próximos anos.

O setor siderúrgico estima que encomendas anuais de 400 mil a 500 mil toneladas de trilhos sejam suficientes para a retomada da produção. Fonte do setor diz que as siderúrgicas ainda têm dúvidas sobre tal mercado.

A importação atual, indicativo da demanda, tem sido menor do que isso. Dados do MDIC mostram que o país importou 157,2 mil toneladas, em 2011 e 178,5 mil toneladas, em 2012.

ESTUDO

A Folha apurou que a Gerdau tem condições, num prazo inferior a um ano, de adaptar o laminador para a produção de trilho na Açominas.


Em nota, a siderúrgica diz que está estudando o assunto. "A Gerdau esclarece que a possibilidade de produzir trilhos no Brasil continua em estudos e até o momento não há nenhuma definição", diz.


A estatal Valec tem enfrentado problemas para a aquisição de trilhos. A empresa está construindo trechos da ferrovia Norte-Sul e da ferrovia de Interligação Oeste-Leste. A estatal tenta comprar neste momento 240 mil toneladas de trilho.


A licitação foi paralisada depois que o TCU (Tribunal de Contas da União) suspendeu o edital de compra de um dos lotes. A Valec negociava a compra de 95.436 toneladas de trilho para o trecho entre Ouro Verde (GO) e Estrela D'Oeste (SP) e 147.057 toneladas para o trecho entre Ilhéus (BA) e Barreiras (BA). 

 

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