Porto de Paranaguá

Greve lota pátio em Paranaguá, e fiscais voltam a trabalhar

<P>Com a greve dos auditores da Receita Federal, que completa hoje 50 dias, o terminal de contêineres no porto de Paranaguá (90 km de Curitiba), no Paraná, é um exemplo do que a paralisação produziu: armazéns e pátios tomados de mercadorias à espera de fiscalização.</P><P>A área mais nov...

Folha de S.Paulo
08/05/2008 00:00
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Com a greve dos auditores da Receita Federal, que completa hoje 50 dias, o terminal de contêineres no porto de Paranaguá (90 km de Curitiba), no Paraná, é um exemplo do que a paralisação produziu: armazéns e pátios tomados de mercadorias à espera de fiscalização.

A área mais nova do pátio, um aterro com o tamanho de cinco campos de futebol concluído há três meses, está ocupado por pilhas de contêineres que chegam a 12 metros de altura. A situação poderia estar ainda pior, avaliam os próprios auditores da Receita.

Há uma semana, em reunião interna, os 40 fiscais na alfândega do porto concluíram que, se o movimento continuasse rigoroso, o porto entraria em colapso. Embora ainda em greve, quase 90% dos auditores retornaram ao trabalho, diante do acúmulo de serviço.

A volta ao trabalho ocorreu, segundo os auditores, porque o número de liminares determinando a análise imediata de mercadorias foi tanto que, para cumprir as ordens judiciais, foi preciso acionar o maior número possível de funcionários.

A estimativa dos auditores é que a greve tenha retido pelo menos 10% de todo o volume de cargas movimentado em Paranaguá. Como a previsão de receita cambial para o porto em 2008 é de US$ 14 bilhões, o prejuízo pode chegar a US$ 1,4 bilhão.

Na mesa do auditor Ernando Miranda, 34, aguardam liberação 480 declarações de importação acumuladas com a greve. Em dias normais, são analisados até 20 desses documentos.

Miranda disse que terá que dobrar as análises para colocar tudo em dia. Nosso movimento de greve é legítimo, mas ele não foi desencadeado para prejudicar a sociedade. Por isso já votamos um indicativo de suspensão da greve e esperamos que ela termine, afirma.

Para isso ocorrer, a categoria em todo o país precisa decidir, pela maioria de votos, o encerramento da greve. Hoje, em Brasília, assembléia nacional discute a possibilidade de abertura de um canal permanente de negociação com o governo sobre a pauta de reivindicações.

É verdade que a greve termina amanhã [hoje]?, pergunta o despachante aduaneiro Albino Ferreira dos Santos Neto a um auditor, ao chegar à aduana em Paranaguá. Ele aguarda há 42 dias autorização para exportar cargas de xampu e de barras de cereal à África. Sem a greve, cargas assim sairiam do porto em no máximo três dias. Santos diz que a empresa exportadora terá de arcar com custos de armazenagem no porto, que ainda não foram calculados.

Prejuízo que a despachante aduaneira Dulcicléia Eccel já sabe: pelos 45 dias em que 41 contêineres com bobinas de aço que chegaram da Coréia do Sul ficaram no porto, serão pagos R$ 57 mil de custos com armazenagem no terminal e outros US$ 30 mil de aluguel dos contêineres. Sem a greve, não haveria essas despesas.

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