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Grupo CPFL encerra 1º semestre de 2024 com EBITDA de R$ 6,7 bilhões

Resultado acumulado registra alta de 1,8% em relação ao período anterior, mostrando resiliência em relação aos impactos das enchentes no Rio Grande do Sul.

Redação TN Petróleo/Assessoria
09/08/2024 16:56
Grupo CPFL encerra 1º semestre de 2024 com EBITDA de R$ 6,7 bilhões Imagem: Divulgação CPFL Energia Visualizações: 1541 (0) (0) (0) (0)

O Grupo CPFL Energia encerrou a primeira metade de 2024 com um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 6,7 bilhões, representando um aumento de 1,8% em relação ao mesmo período de 2023. O Ebitda do segundo trimestre foi de R$ 2,8 bilhões, uma queda de 7,1% em comparação com o mesmo período do ano anterior. O lucro líquido do trimestre foi de R$ 1,2 bilhão, 11,8% menor em relação ao período anterior, e o acumulado atingiu R$ 2,8 bilhões, com um recuo de 1,5% frente ao primeiro semestre de 2023.

Os reflexos da crise climática nos resultados – basicamente despesas extraordinárias para reparo dos danos causados aos ativos – foram parcialmente compensados pelo desempenho positivo do segmento de Distribuição, especialmente nas distribuidoras do Grupo que atuam no estado de São Paulo.

 O crescimento do consumo de energia, impulsionado pelas altas temperaturas no Sudeste e no Sul do país, contribuiu para esse cenário ao longo do trimestre. A carga na área de concessão, líquida de perdas, aumentou 7,3% no segundo trimestre, chegando a 17.738 GWh. Já o mercado registrou um aumento no volume de venda de energia, com crescimento de 6,1% em relação ao mesmo período de 2023, sendo 11,2% na residencial e 11,0% na comercial. Esses números refletem não apenas a temperatura elevada, mas também o cenário macroeconômico mais favorável. A indústria também apresentou um aumento de 1,5%, indicando sinais de recuperação desde o início do ano. O impacto das enchentes no Sul, por sua vez, foi pouco significativo sobre o volume de energia vendida.

No entanto, a inadimplência em Distribuição permaneceu elevada, resultando em um indicador de 1,18% (PDD/Receita de Fornecimento). Embora tenha sido ligeiramente menor em relação ao trimestre anterior nas áreas de concessão do Estado de São Paulo, a inadimplência manteve tendência de alta no Rio Grande do Sul.

Impacto das Enchentes no RS: Apesar das grandes enchentes registradas no estado ao longo do mês de maio, que impuseram desafios às operações da CPFL Energia, não houve impacto significativo no resultado trimestral da Companhia. Quase 99% dos municípios da área de concessão da RGE foram afetados (total ou parcialmente), levando ao desligamento de 315 mil clientes (cerca de 10% da base) no pico da crise, principalmente por razões de segurança. No total, os custos totais de baixas de ativos e serviços de reparo ficaram próximos a R$ 100 milhões, considerando danos na distribuição, na geração e na transmissão.

Investimentos: No segundo trimestre, os investimentos totalizaram R$ 1,35 bilhão, representando um aumento de 12,7% em relação aos mesmos três meses do ano passado. Desse montante, 80% foram direcionados aos negócios de Distribuição, visando à expansão e modernização das redes das quatro concessionárias do grupo. Gustavo Estrella (foto), CEO do Grupo CPFL Energia, reforça o compromisso contínuo com investimentos, especialmente na distribuição e na transmissão, para alcançar a previsão de R$ 28,3 bilhões investidos nas operações até 2028. "Essa disciplina na execução do programa de investimentos é fundamental para a evolução tecnológica e maior resiliência da rede frente às mudanças climáticas", afirma Estrella. 

Geração e Transmissão: No segmento de Geração, houve uma redução nos níveis de vento, o que resultou em um recuo no volume de energia eólica gerada. No segundo trimestre de 2023, foram registrados 748 GWh, enquanto nos mesmos três meses deste ano, esse número caiu para 664 GWh, uma queda de 11,2% em relação ao trimestre do ano passado. Nesse período, a situação foi agravada por restrições de geração determinados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS (curtailment, no jargão do setor), que foram responsáveis por 33 GWh de redução. Quanto ao segmento de transmissão, na análise regulatória, houve um ganho de R$ 25 milhões advindos principalmente do reajuste da Receita Anual Permitida (RAP).

Governança: Pela segunda vez, o Grupo CPFL Energia conquistou o prêmio World Finance Corporate Governance Awards de Melhor Governança Corporativa do Brasil em 2024. Esse reconhecimento é concedido pela britânica World Finance Magazine há 18 anos. A premiação foi conquistada em junho, no mesmo mês em que a companhia comemorou cinco anos do Re-IPO na B3, fato que marcou a decisão da State Grid de manter as ações da CPFL negociadas em bolsa.

Sobre a CPFL Energia - A CPFL Energia está há 111 anos no setor elétrico e atua nos segmentos de distribuição, geração, transmissão, comercialização e serviços. É a maior distribuidora em volume de energia vendida, com mais de 13% de participação no mercado nacional, atendendo cerca de 10,4 milhões de clientes em 687 municípios nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraná.

Com 4.411 MW de capacidade instalada, está entre as maiores geradoras privadas do país, com atuação em fontes hidrelétrica, solar, eólica e biomassa. 

Atua de forma relevante também no segmento de transmissão, atendendo 87 subestações, que somam potência instalada de 14,9 mil MVA e mais de 6 mil quilômetros de linhas.

O grupo CPFL conta ainda com uma operação nacional por meio da CPFL Soluções, fornecendo soluções integradas em gestão e comercialização de energia, eficiência energética, geração distribuída, infraestrutura energética, serviços de consultoria para descarbonização e certificações de energia renovável (I-REC).

A CPFL Energia possui ações listadas no Novo Mercado da B3. O Grupo também ocupa posição de destaque em investimento social privado, com projetos de cultura, esporte e educação, por meio do Instituto CPFL.

Desde 2017, o Grupo faz parte da State Grid, terceira maior organização empresarial do mundo e a maior empresa de energia elétrica, atendendo 88% do território chinês.

Em 2024 as diplomacias do Brasil e da China celebram os 50 anos de relações oficiais entre os países. O marco é comemorado oficialmente em 15 de agosto. Desde então, essas duas nações têm construído uma parceria sólida e diversificada, expandindo a cooperação nas áreas como energia, ciência, tecnologia limpa e inovação.

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