HRT pediu à ANP a suspensão da produção do campo de Tubarão Martelo.
Valor Econômico
A HRT informou ontem que pediu à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) a suspensão da produção do campo de Tubarão Martelo, operado pela OGPar, até que a agência defina os termos e condições do processo de unitização (união de dois campos num projeto único de produção) do campo da OGPar com o de Polvo, operado pela HRT.
A HRT argumenta que ainda não recebeu os dados sísmicos e geológicos por parte da OGPar e informa que solicitou o acesso ao plano de desenvolvimento de Tubarão Martelo e ao processo administrativo que contém os relatórios técnicos sobre a individualização dos campos.
Segundo a HRT, a OGPar vem tentando inviabilizar a individualização da produção na Bacia de Campos. Vale lembrar que em junho do ano passado, ao aprovar o plano de desenvolvimento de Tubarão Martelo, a ANP impôs à apresentação de um acordo de unitização com Polvo até 31 de dezembro deste ano.
Há duas semanas, a OGPar havia informado que discordava da avaliação da HRT sobre a conexão entre Tubarão Martelo e Polvo e que espera que a HRT comprove a ligação dos campos.
Na ocasião, a OGPar declarou que os quatro poços produtores de Tubarão Martelo não possuem qualquer ligação com Polvo e que a perfuração da extremidade da área, onde supostamente haveria conexão com o campo vizinho, só deverá ocorrer em 2016.
De acordo com a HRT, as declarações da OGPar foram “realizadas, meramente, para desviar a atenção do mercado e de seus credores”.
“Não se trata de mera avaliação da HRT a existência de continuidade lateral entre os dois campos. Estudos conduzidos pela própria OGPar, em 2012, atestam que um dos reservatórios do campo de Tubarão Martelo avança pelo chamado ring fence do campo de Polvo”, informou a companhia, em nota. Procurada, a OGPar preferiu não se pronunciar sobre o assunto.
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