Redação TN Petróleo/Assessoria Unica
O tempo seco, associado às altas temperaturas, tem elevado o risco de incêndios ambientais. Nesta terça-feira (15), dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que o risco de incêndio está crítico em quase todo o estado de São Paulo. Com previsão que este cenário se mantenha pelos próximos dias, surge a preocupação com os incêndios criminosos ou acidentais nos canaviais, o que prejudica o andamento da colheita da safra 20/21 que está em pleno andamento.
Em geral, a maior parte dos focos de incêndio nas plantações tem origem nas áreas limítrofes com rodovias ou que tenham acesso fácil da população. Bitucas de cigarro, fogueiras, limpeza de terrenos, soltura de balões, por exemplo, são causadores desses incidentes. Por isso, os produtores investem fortemente em ações de comunicação junto à população para mudar atitudes que gerem risco de incêndio.
Atualmente, aproximadamente 99,6% de toda cana-de-açúcar cultivada em São Paulo é colhida sem queima, ou seja, as usinas não fazem uso da queima como método pré-colheita. Assim, eventuais incêndios em canaviais trazem prejuízos irreparáveis às usinas e produtores rurais, uma vez que toda a estrutura já foi adaptada para o processamento sem queima.
Usinas e fornecedores de cana-de-açúcar são vítimas dessas ocorrências e têm feito investimentos expressivos para proteger o canavial, que é seu maior ativo e representa 60% dos custos de produção de açúcar e etanol. Em parceria com o governo do Estado, o setor atua junto no trabalho de prevenção, fiscalização e conscientização da Operação Corta Fogo. Entre as ações estão a manutenção de equipes brigadistas e caminhões tanque; a limpeza dos aceiros para evitar que os focos se alastrem para as áreas de vegetação nativa; a instalação de torres de observação; a formalização de Planos de Auxílio Mútuo (PAMs); o monitoramento por imagens de satélite, e a vigilância por câmeras. Usinas também trabalham em conjunto com o Corpo de Bombeiros no combate à incêndios florestais.
Apesar de todo o esforço dos produtores em reduzir o risco de incêndio, 11 mil hectares de cana foram atingidos pelo fogo, o equivalente a 0,2% da área de cultura no estado de São Paulo, representando grande prejuízo econômico aos produtores. Espera-se que as causas sejam apuradas e que medidas sejam tomadas para mitigar essas ocorrências.
A UNICA reforça que as empresas estão empenhadas em combater o mais rápido possível o fogo nas áreas de plantação, cumprindo à risca a legislação vigente, reduzindo prejuízos a todos. A sustentabilidade é um diferencial estratégico do setor sucroenergético reconhecido no Brasil e no mundo, e a cana-de-açúcar é peça-chave para retomada sustentável do crescimento econômico do país, oferecendo alimento e energia renovável, com açúcar, etanol e bioeletricidade.
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