Dois protótipos de empresas incubadas pelo Instituto Gênesis, da PUC-Rio, voltados para atender o mercado offshore, começam a entrar em teste. Criados com a ajuda de recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), as tecnologias auxiliarão na manutenção, segurança e eficiência de equipamentos de exploração e produção.
A incubada I-Dutto está fabricando um marcador de radiofrequência que tem a função de rastrear e identificar as falhas nos tubos de perfuração de poços de petróleo, promovendo o monitoramento, localização e rastreabilidade desses tubos por profissionais especializados, evitando riscos de acidente, aumentando a produtividade da exploração dos poços. A tecnologia, que também colaborando na manutenção dos tubos, contém um software desenvolvido pela empresa que oferece uma localização, em tempo real, dos ativos dos clientes dentro do estoque, eliminando erros e longas procuras. Com isso, aumenta-se a eficiência operacional das empresas e se economiza recursos.
Segundo o diretor da I-Dutto, o engenheiro Vinicius Carneiro, o projeto está previsto para entrar em fase de teste no mês de março. “O mercado é promissor, apenas a bacia de campos, por exemplo, necessita de dezenas de milhares desses tubos em plenas condições de uso. A nossa meta é vender 5 mil marcadores por ano, nos próximos 5 anos”, informa Vinicius. Hoje, o que existe no mercado ainda é uma inspeção pessoal e não eletrônica, o que gera perdas na produção de barris de petróleo.
Outro produto, fabricado pela Ativatec, empresa graduada pelo Instituto, o Mamute-robô serve para transportar ferramentas e realizar reparos dentro do duto sem que haja a necessidade da substituição do trecho danificado, contribuindo para a redução dos riscos de vazamentos e proteção ambiental.
O Mamute, por possuir diversas funcionalidades, poderá auxiliar em tarefas onde o meio impõe grandes dificuldades no acesso e riscos para a sua segurança. “O robô se diferencia por ser menor e elétrico, ou seja, tem a vantagem de entrar em tubos de diferentes diâmetros, além de proporcionar maior agilidade e puxar carregamentos de até 350 kg. Ele é à prova d’água e suporta pressões de até 3000 metros de lâmina d’água”, declara o engenheiro da Ativatec Daniel.
A movimentação do Mamute, no interior da tubulação, é feita através de um veículo elétrico operado remotamente. Mas, por possuir um sistema independente, também pode ser utilizado em conjunto com outros tipos de veículos já existentes, como ROVs e veículos autônomos. Dessa forma, a longa distância, é possível inspecionar e corrigir problemas encontrados nos dutos.