Reuters
A inflação ao consumidor em São Paulo acelerou para 0,63 por cento em outubro, após registrar alta de 0,44 por cento em setembro, informou a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) nesta sexta-feira.
Foi a maior taxa apurada desde abril. A alta deveu-se ao impacto de reajustes de preços administrados --combustíveis e água e esgoto-- e à reversão da queda dos alimentos.
Economistas ouvidos pela Reuters previam em média uma taxa de 0,52 por cento, com os prognósticos oscilando de 0,50 a 0,55 por cento.
O núcleo do índice avançou 0,32 por cento em outubro, ante alta de 0,26 por cento em setembro. O índice de difusão --que mede a porcentagem de itens com variação positiva de preços -- foi de 62 por cento em outubro, contra 60 por cento em setembro.
No entanto, tanto o núcleo quanto o índice de difusão desaceleraram em relacão à terceria quadrissemana de outubro, quando registraram variação de 0,35 por cento e 64 por cento, respectivamente.
O grupo do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) que registrou a maior alta em outubro foi Transportes, cujos preços subiram em média 1,23 por cento, ante 1,51 por cento.
Os custos da gasolina subiram 3,21 por cento, e tiveram impacto de 0,08 ponto percentual no índice.
Os preços de Alimentação passaram de queda de 0,13 por cento em setembro para elevação de 0,45 por cento em outubro.
As carnes bovinas subiram 7,43 por cento e contribuiram com 0,18 ponto percentual para o índice geral, refletindo a descoberta de focos de febre aftosa no Mato Grosso do Sul o que atrapalhou a distribuição do produto em São Paulo.
Refletindo o aumento de água e esgoto, o grupo Habitação teve alta de preços de 0,59 por cento, ante 0,22 por cento no mês anterior.
A tarifa de água e esgoto teve alta de 6,39 por cento em outubro, sendo a maior contribuição individual do índice no mês, de 0,14 ponto percentual.
Por outro lado, o avanço dos preços de Saúde e de Vestuário desacelerou em outubro, para respectivamente 0,51 e 0,01 por cento.
No ano, o IPC-Fipe acumula alta de 3,92 por cento e nos últimos 12 meses, de 5,2 por cento. O IPC mede a variação dos preços no município de São Paulo de famílias com renda até 20 salários mínimos.
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