Previsão

Indústria deve ter 'folga' de custos de 20% em 2013

Medidas anunciadas pelo governo aumentam competitividade.

Valor Econômico
02/01/2013 12:48
Visualizações: 640

 

As medidas anunciadas pelo governo ao longo de 2012 para aumentar a competitividade da economia brasileira, como desonerações na folha de pagamentos e redução do preço da energia, podem levar o setor manufatureiro a encerrar 2013 com uma "folga" de 15% a 20% nos custos. De 2001 a 2011, aumentos do custo unitário de produção da energia elétrica, de insumos domésticos não comercializáveis e, principamente, do trabalho fizeram com que produzir no Brasil ficasse 8,5% ao ano mais caro em reais e 12,2% em dólares, por causa da apreciação cambial.
A indústria brasileira de transformação enfrentou uma década de escalada dos custos de produção e passou por profundas alterações desde a crise de 2008, tornando-se menos competitiva e mais "pobre". Na média, a indústria produziu, no terceiro trimestre do ano passado, 3% menos que em igual período de 2008. Na mesma comparação, o volume de vendas no varejo foi 35% maior. Entre os 27 setores pesquisados pelo IBGE, 12 produzem menos hoje do que há quatro anos. Em cinco deles, a produção caiu mais de 15%.
O que realmente cresceu no país nesse período, acompanhando o aumento da população e da renda, foi a produção de bebidas, remédios e perfumaria, únicos setores a registrarem aumentos de produção superiores a 10%. A produção que saiu das fábricas de materiais eletrônicos e de comunicações foi 32% menor que a registrada no mesmo período de 2008, logo antes da crise mundial.
Segundo economistas, a estagnação do setor em 2011 e 2012 vai muito além de uma demanda fraca e indica problemas estruturais a serem resolvidos. A alta do custo dos salários muito acima da produtividade é um dos elementos que explicam a perda de competitividade frente aos concorrentes do exterior. Estudos mostram, contudo, que a indústria não ficou parada vendo os custos subirem e, para compensar, recorreu à importação de insumos.

As medidas anunciadas pelo governo ao longo de 2012 para aumentar a competitividade da economia brasileira, como desonerações na folha de pagamentos e redução do preço da energia, podem levar o setor manufatureiro a encerrar 2013 com uma "folga" de 15% a 20% nos custos. De 2001 a 2011, aumentos do custo unitário de produção da energia elétrica, de insumos domésticos não comercializáveis e, principamente, do trabalho fizeram com que produzir no Brasil ficasse 8,5% ao ano mais caro em reais e 12,2% em dólares, por causa da apreciação cambial.


A indústria brasileira de transformação enfrentou uma década de escalada dos custos de produção e passou por profundas alterações desde a crise de 2008, tornando-se menos competitiva e mais "pobre". Na média, a indústria produziu, no terceiro trimestre do ano passado, 3% menos que em igual período de 2008. Na mesma comparação, o volume de vendas no varejo foi 35% maior. Entre os 27 setores pesquisados pelo IBGE, 12 produzem menos hoje do que há quatro anos. Em cinco deles, a produção caiu mais de 15%.


O que realmente cresceu no país nesse período, acompanhando o aumento da população e da renda, foi a produção de bebidas, remédios e perfumaria, únicos setores a registrarem aumentos de produção superiores a 10%. A produção que saiu das fábricas de materiais eletrônicos e de comunicações foi 32% menor que a registrada no mesmo período de 2008, logo antes da crise mundial.


Segundo economistas, a estagnação do setor em 2011 e 2012 vai muito além de uma demanda fraca e indica problemas estruturais a serem resolvidos. A alta do custo dos salários muito acima da produtividade é um dos elementos que explicam a perda de competitividade frente aos concorrentes do exterior. Estudos mostram, contudo, que a indústria não ficou parada vendo os custos subirem e, para compensar, recorreu à importação de insumos.

 

Mais Lidas De Hoje
veja Também
iBEM26
Evento internacional de energia abre inscrições para ati...
04/11/25
Etanol
UNICA e Cetesb firmam acordo para fortalecer gestão ambi...
04/11/25
OTC Brasil 2025
Petrobras estuda ter centro logístico no Amapá enquanto ...
03/11/25
Pré-Sal
Campo de Búzios atinge produção recorde de 1 milhão de b...
03/11/25
Mão de obra
Programa de Desligamento Voluntário é lançado pela Petrobras
03/11/25
Etanol
Preços do anidro e do hidratado registram alta
03/11/25
Evento
PPSA reúne CEOs para debater o futuro da indústria de ól...
03/11/25
Evento
Porto do Açu e Porto de Antuérpia-Bruges assinam carta d...
03/11/25
Transição Energética
Fórum Econômico França-Brasil discute transição energéti...
03/11/25
Energia Elétrica
MP do setor elétrico: Órigo Energia ressalta importância...
03/11/25
Posicionamento IBP
PLV 10/2025 prejudica o ambiente de negócios e coloca em...
03/11/25
OTC Brasil 2025
SLB destaca protagonismo e compromisso com a inovação, s...
31/10/25
OTC Brasil 2025
MEQ Energy Hub: Impulsionando o Desenvolvimento Empresar...
31/10/25
OTC Brasil 2025
Foresea é vencedora do 8º Prêmio Melhores Fornecedores P...
31/10/25
OTC Brasil 2025
OTC Brasil 2025 reúne mais de 23 mil pessoas no Rio de J...
31/10/25
Premiação
Empresa baiana atendida pelo Sebrae vence Prêmio Melhore...
31/10/25
Energia Solar
Axial Brasil inicia montagem de trackers solares em usin...
31/10/25
Bacia de Santos
bp avança nos planos para a significativa descoberta de ...
31/10/25
OTC Brasil 2025
Seagems conquista pela quarta vez o Prêmio Melhores Forn...
31/10/25
OTC Brasil 2025
OTC Brasil conecta potencial da Margem Equatorial a inve...
30/10/25
OTC Brasil 2025
Nova versão do Painel Dinâmico de Emissões de Gases de E...
30/10/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.