Rio de Janeiro

Indústria naval não pára de gerar empregos em Niterói

<P>Nada mais tira de Niterói o título de cidade símbolo da retomada na indústria naval fluminense. Um dos seus maiores estaleiros, o Mauá-Jurong, em parceria com outro gigante do setor, o Eisa, da Ilha do Governador, venceu uma acirrada concorrência e vai construir dez navios para petroleira e...

O Fluminense/Amanda Pinheiro
12/02/2007 00:00
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Nada mais tira de Niterói o título de cidade símbolo da retomada na indústria naval fluminense. Um dos seus maiores estaleiros, o Mauá-Jurong, em parceria com outro gigante do setor, o Eisa, da Ilha do Governador, venceu uma acirrada concorrência e vai construir dez navios para petroleira estatal venezuelana PDVSA. A encomenda será dividida entre os dois estaleiros e vai gerar cerca de 24 mil empregos pelos próximos oito anos. Doze mil só em Niterói. O nome das empresas já havia sido anunciado no final do ano passado, mas a assinatura dos contratos, em novembro, só foi confirmada agora por um dos diretores do Mauá, Paulo de Oliveira.

Os dez navios são do tipo petroleiro e correspondem a apenas um terço do plano de renovação da frota da PDVSA, que planeja comprar 42 navios. A negociação durou todo o ano de 2006 e quase emperrou, depois que declarações imaturas de que 36 dos 42 navios seriam construídos aqui chegaram a Caracas, no mesmo momento em que governo venezuelano conversava como outros países.

O contrato para construção dos dez petroleiros só voltou a ser negociado depois que um grupo de empresários acompanhado do deputado estadual Rodrigo Neves (PT), na época secretário de municipal de Desenvolvimento Econômico Ciência e Tecnologia, visitou Caracas numa missão político-empresarial.

?Os resultados dessa missão são fundamentais para consolidar a indústria naval em Niterói. Essa encomenda vai permitir a inserção dos estaleiros da cidade num plano internacional?, comemorou Rodrigo, acrescentando que esse é o objetivo perseguido para o desenvolvimento sustentável do município para os próximos 15 anos.

Parceria - O contrato prevê que, em parceria com a venezuelana Diques y Astilleros Nacionales (Dianca), o Mauá e o Eisa construam oito navios do tipo Panamax, com 70 mil toneladas cada, além de duas embarcações menores, de 47 mil toneladas cada.

“Por questões estruturais, as duas embarcações menores serão construídas no Mauá e as oito maiores, no Eisa. Ficará a cargo do Mauá também a construção das peças e equipamentos para os dez navios”.

Em nota divulgada pela PDVSA no ano passado, as duas empresas brasileiras terão ainda que investir em instalações na Venezuela, permitindo que a indústria local se habilite a construir navios no futuro.

Especialização para profissionais - Começa a ser treinado nesta segunda-feira o primeiro grupo de trabalhadores escolhidos para vivenciar a rotina diária de um estaleiro. São profissionais recém-formados em cursos básicos, mas que não tiveram oportunidade de se especializar.

“A maioria dos cursos profissionalizantes não dão aos alunos a experiência necessária para cargos técnicos”, explica o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói e São Gonçalo, José Mascarenhas.

O curso é a primeira ação do acordo firmado ano passado entre o Governo Federal, sindicato e os estaleiros, o Plano Nacional de Qualificação Naval. Na primeira etapa serão quatro mil vagas em 22 cursos de capacitação.

Projeto - No mês que vem, Mascarenhas vai a Brasília apresentar ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) um projeto de criação de cursos profissionalizantes bons e baratos.

“Os bons cursos do mercado são caros e restrito a uma parcela mínima. A idéia e fazer parcerias e abrir cursos mais baratos e até gratuitos”, conclui Mascarenhas.

Fonte: O Fluminense/Amanda Pinheiro

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