O plano de investimento do porto de Santos reúne US$ 6 bilhões entre aportes públicos e privados até 2024, quando o complexo deverá movimentar 230 milhões de toneladas, quase 140% a mais do que em 2010 - ano em que a recuperação do comércio exterior expôs sérias limitações operacionais.
O montante é dividido entre acessos rodoviários, dragagens e engenharia, aumento de capacidade dos berços de atracação, novos terminais e o PAC Copa. "Fiquei maravilhado com essa estrutura grande e importante, que o governo federal vai continuar a investir", disse o ministro de Portos, Lêonidas Cristino, que estima para este exercício 101 milhões de toneladas escoadas por Santos.
Para tanto, a principal obra em execução é a dragagem de aprofundamento de 13 para 15 metros, contratada por US$ 112 milhões. Dos quatro trechos que estão sendo dragados, três estão prontos. O último - de número quatro - é o mais complicado porque tem pontos de contaminação e exige um outro tipo de retirada dos sedimentos do leito do estuário, mais demorada.
A expectativa é que até setembro o porto esteja com a nova profundidade homologada. A 15 metros, o porto de Santos poderá receber embarcações com calado de até 14,5 metros, estima a SEP. "No PAC teremos mais R$ 193 milhões para continuar a ampliação da dragagem para 16 metros no canal interno e 17 no externo", afirmou o ministro.
Também a derrocagem de duas pedras deve estar finalizada até lá. Em julho começam os trabalhos de uma embarcação - vinda do Canal do Panamá - que, com uma tecnologia inédita, perfurará e implodirá por dentro as pedras de Teffé e Itapema, depositadas no fundo do canal. "Com isso, reduziremos de 18 para três meses o tempo do serviço", disse Cristino.
Cristino conheceu o projeto de alinhamento e modernização do cais do terminal de passageiros de Santos, que dobrará a capacidade de atendimento de navios de cruzeiros e de cargas atracados em fila e será essencial para a Copa do Mundo. O orçamento da SEP tem R$ 120 milhões para a expansão do cais para 1.320 metros de extensão e admitirá que seis embarcações atraquem uma ao lado da outra, servindo de hotel flutuante com 15.800 leitos. A obra também prevê aumento da profundidade dos berços dos atuais 7 a 9 metros para 14 metros e ampliação de 40% da capacidade de movimentação de passageiros no terminal do porto.