Redação TN Petróleo/Assessoria
O Brasil vive a expectativa de “forte expansão” do setor de biocombustíveis nos próximos anos, com investimentos que podem chegar a R$ 400 bilhões. O anúncio foi feito nesta segunda-feira pelo Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque (foto), durante participação no Brasil Investment Forum (BIF) 2021. O evento, que começou ontem (31/05) e continua hoje (01/06), é organizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e pelo Governo Federal.
O ministro integrou o painel “Energia – Transição energética no Brasil: a importância das energias renováveis e do investimento estrangeiro direto”, ao lado de representantes do BID e de empresas privadas que atuam no Brasil. Ele destacou os resultados positivos do programa RenovaBio e o histórico brasileiro na implantação de políticas públicas para o setor: “Nossa matriz de transporte é considerada a mais limpa do mundo. Uma iniciativa que começou há 50 anos e vem sendo aprimorada porque os biocombustíveis e as políticas de bionergia são referência internacional, e podemos nos orgulhar disso”.
O encontro teve moderação da Presidente-Executiva da ABEEólica, Élbia Gannoum, que assinalou as oportunidades de investimento disponíveis no Brasil. Para ela, a perspectiva do aparato regulatório, destacada pelo ministro, “é muito boa para os investidores”. “Percebemos que, com esta riqueza, o Brasil tem muitas oportunidades e podemos pensar nas oportunidades além da eletricidade”, ressaltou Gannoum.
O Climatescope 2020, realizado pela BloombergNEF, mostra o Brasil como o 3º país mais atrativo para se investir em implantação de fontes renováveis. Foi sobre essas oportunidades que falaram a Presidente da Equinor Brasil, Veronica Coelho, o CEO da EDP Brasil, João Marques da Cruz, e o Gerente do Setor de Infraestrutura e Energia do BID, Jose Agustín Aguerre.
Segundo Aguerre, as possibilidades para a inovação e a geração de empregos são grandes – e passam pelo desenvolvimento de novos produtos para os consumidores. Ele destacou também as oportunidades na descarbonização dos transportes públicos, em automóveis individuais elétricos e em ações para o desenvolvimento da eficiência energética. Foram citados, ainda, o programa Amazônia Legal e a linha de financiamento para a energia fotovoltaica que está sendo trabalhada junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O CEO da EDP Brazil, João Marques da Cruz, apresentou projetos que a empresa desenvolve no país e falou do interesse em investir em energia renovável. “Devemos encontrar equilíbrios que estejam de acordo com a transição energética, com uma evolução favorável”, afirmou. Já Veronica Coelho, da Equinor, citou investimentos atuais nos estados do Ceará, do Rio Grande do Norte e do Rio de Janeiro e salientou que a empresa tem buscado investir em projetos relacionados ao hidrogênio e à captura de carbono, entre outros. Segundo ela, a empresa, de fato, tem como parte da sua ambição ser líder no processo de transição energética.
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