A Justiça do Trabalho declarou ilegal a greve de trabalhadores da usina hidrelétrica de Jirau e fixou multa diária de R$ 200 mil para os trabalhadores das empresas Enesa Engenharia e Camargo Corrêa em caso de descumprimento da decisão.
O desembargador Ilson Alves Pequeno Júnior, relator do Dissídio Coletivo de Greve no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 14ª Região, declarou na quinta-feira (15) em caráter liminar a greve ilegal, e determinou o retorno dos funcionários ao trabalho, informou o tribunal em comunicado.
A Enesa Engenharia é uma empresa contratada pela Energia Sustentável do Brasil para a realização de serviços complementares, como montagem de geradores, enquanto a Camargo Corrêa, uma das sócias do consórcio responsável pela execução das obras civis.
A usina é detida pelo consórcio Energia Sustentável do Brasil, formado pela GDF Suez, Eletrosul e Chesf, ambas da Eletrobras, além da Camargo Corrêa.
Segundo a Camargo Corrêa, funcionários têm sido impedidos de trabalhar desde a última quinta-feira (8) e as obras seguem paralisadas, com apenas os serviços essenciais como segurança sendo garantidos.
Em março do ano passado, a hidrelétrica de 3.750 megawatts (MW) e que faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal, registrou uma revolta de trabalhadores que resultou na destruição de instalações, suspensão da obra e dispensa temporária de 10 mil trabalhadores.