Meio ambiente

Maersk investe em sistema de bateria para melhorar a produção de energia

Redação/Assessoria
06/11/2019 20:50
Maersk investe em sistema de bateria para melhorar a produção de energia Imagem: Divulgação Visualizações: 1214 (0) (0) (0) (0)

Como reduzir as emissões de carbono à taxa zero até 2050? É com esse norte que a Maersk, maior transportadora marítima em capacidade do mundo, tem investido em alternativas energéticas. Nesse caminho, a dinamarquesa vai instalar um sistema de baterias marítimas de 600 kWh em um teste a bordo do porta-contêineres Maersk Cape Town em dezembro de 2019. A novidade, que representa o primeiro teste do gênero na indústria, chega para melhorar o desempenho e a confiabilidade de embarcações e reduzir as emissões de CO2. "Esse primeiro teste nos trará uma compreensão maior sobre como o armazenamento de energia pode apoiar a Maersk na direção de uma maior eletrificação de sua frota e terminais portuários. Paralelamente, a Maersk continuará facilitando, testando e desenvolvendo soluções de baixo carbono em nossa jornada para zerar as emissões de CO2 até 2050", explica Søren Toft, COO da Maersk.

A propulsão de embarcações marítimas apenas com energia desse tipo de bateria ainda está longe de ser uma opção viável (técnica e economicamente). No entanto, os sistemas de baterias marítimas podem ser usados para melhorar a eficiência dos sistemas elétricos de bordo de embarcações como o Maersk Cape Town. Ao manter os geradores auxiliares da embarcação em uma carga mais ideal e evitar o funcionamento de geradores quando não for necessário, o consumo geral de combustível pode ser reduzido, diminuindo, também, o impacto ambiental.

Além disso, ele oferecerá suporte aos geradores com até 1.800 kVA de energia durante mudanças rápidas na carga elétrica, como a operação do propulsor. Isso pode reduzir os requisitos para manutenção do gerador. O sistema de bateria também é capaz de fornecer energia redundante, o que pode melhorar a confiabilidade no mar, já que garante o fornecimento contínuo de energia, mesmo em possíveis momentos de pane.

O Maersk Cape Town inclui ainda um sistema de recuperação de calor residual, que é uma característica especial de muitos navios porta-contêineres da Maersk. Esse sistema aumenta a eficiência geral, pois permite que as baterias sejam carregadas capturando energia elétrica do calor que, de outra forma, seria perdido no sistema de gases de escape da propulsão principal.

"Este piloto - o primeiro do gênero na indústria - mostrará o potencial das tecnologias de bateria para melhorar o desempenho de nossas embarcações, ao mesmo tempo em que reduzirá o consumo de combustível em nossos sistemas elétricos sem propulsão", reforça Ole Graa, chefe de operações e Tecnologia da Maersk.

O sistema de armazenamento de energia de bateria em contêiner foi fabricado em Odense, na Dinamarca, pelo integrador de sistemas, Trident Maritime Systems. O sistema de baterias será transportado em breve para Cingapura e instalado a bordo do Cape Town Maersk.

A embarcação é um navio porta-contêineres de 249 metros de comprimento e com bandeira de Cingapura, construído em 2011 e que navega entre a África Ocidental e o Leste da Ásia. A primeira viagem completa com o novo sistema em vigor ocorrerá em 2020 e será monitorada de perto para avaliar o desempenho do sistema em relação às ambições do projeto.

Os módulos de bateria estarão operando dentro do contêiner em conjunto com outros componentes elétricos e de controle. Para operacionalização do projeto, a Maersk também contou com a colaboração do American Bureau of Shipping - a sociedade de classificação do navio - para garantir segurança e conformidade.

A aplicação da tecnologia da bateria e os entendimentos adquiridos podem possibilitar mais inovações na Maersk e colocá-la cada dia mais próxima da meta de zerar as emissões de carbono até 2050.

Sobre a Maersk

AP Moller - A Maersk é uma empresa integrada de logística de contêineres que trabalha para conectar e simplificar as cadeias de suprimentos de seus clientes. Como líder global em serviços de remessa, a empresa opera em 130 países e emprega aproximadamente 76.000 pessoas.

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