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Maior movimentação de carga da AL

Quando se fala em Pernambuco, o costume é fazer referência ao maior teatro ao ar livre do mundo, à maior avenida em linha reta do mundo... Pois bem, acrescente a essa lista a maior movimentação de carga on shore (em terra) da América Latina. Ontem, o Estal

Folha Pernambuco (PE)
29/11/2010 09:41
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Quando se fala em Pernambuco, o costume é fazer referência ao maior teatro ao ar livre do mundo, à maior avenida em linha reta do mundo... Pois bem, acrescente a essa lista a maior movimentação de carga on shore (em terra) da América Latina. Ontem, o Estaleiro Atlântico Sul (EAS), no Complexo Industrial Portuário de Suape, realizou a edificação, no seu dique seco, do primeiro dos dois megablocos de 2,5 mil toneladas que integram o casco da plataforma P-55, encomendada pela Petrobras e que servirá para extrair petróleo a 5 mil metros de profundidade em alto mar, a 130 quilômetros da costa, no Campo do Roncador, na Bacia de Campos, no Rio de janeiro.
 
 
No total, o casco que está sendo construído pelo Estaleiro pesará 22 mil toneladas. Foram necessárias duas horas e 15 minutos para que os dois guindastes Goliath do tipo pórtico percorressem 250 metros até descarregar o bloco no dique (compartimento onde o casco será montado antes de ser despejado no mar). “Compõem o casco quatro blocos desse tipo (pontoon), quatro nós (outro tipo de bloco) e 12 níveis de coluna. Como o cas­co completo terá 100 metros de largura e o dique dispõe de 74 metros de largura, vamos fazer o encaixe das partes na água”, explicou o presidente do EAS, Angelo Bellelis.
 
 
Segundo o contrato assinado com a Petrobras, o Estaleiro fará o casco (valor de US$ 350 milhões) e enviará para o Rio Grande do Sul a reboque (flutuando) ou através de um navio específico para esse tipo de serviço. Lá, está sendo feito o top side (os módulos da plataforma), que será acoplado ao casco. Bellelis estima que até julho a sua parte da encomenda esteja sendo entregue em Porto Alegre. Existe um atraso de nove meses em relação ao prazo original para entrega porque a empresa chinesa Wouxi, que faria os guindastes Goliath, decretou falência. Em princípio, o EAS trabalhou com guindastes de um potencial menor, o que atrasou as operações. Houve uma renegociação no contrato e o novo prazo para entrega foi prolongado para 12 meses.
 
 
Os pórticos foram construídos por uma outra empresa chamada Via. “Estamos solicitando o auxílio do Itamaraty para que haja um acordo bilateral entre Brasil e China. Queremos reaver o sinal que demos de US$ 15 milhões para a Wouxi”, revelou Bellelis. O orçamento total do Goliath ficou em US$ 60 milhões. Ainda sobre as características da construção do casco, vale ressaltar que inspeções de 100% em certos tipos de solda foram aplicadas para que fosse assegurada toda a qualidade do empreendimento, já que a plataforma off shore (fora da terra) ficará períodos inteiros em alto mar, sem possibilidade de reparo.
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