Redação TN Petróleo/Assessoria
O Secretário Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia (Sepec/ME), Carlos Da Costa, visitou ontem (01/10) a usina da Gerdau, em Araçariguama, São Paulo. Após a visita, conversou com a imprensa ao lado do presidente do Conselho Diretor do Instituto Aço Brasil, Marcos Faraco (Gerdau), e do presidente executivo do Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes. A visita teve por objetivo conhecer o processo produtivo de uma mini-mill, moderna e cujos produtos são destinados à construção civil e avaliar com o Aço Brasil a capacidade da indústria nacional do aço de abastecer o mercado doméstico diante da rápida retomada da economia, especialmente nesse segmento.
No ápice da pandemia de COVID-19 no Brasil, houve forte queda de consumo e a indústria brasileira do aço teve que desligar altos fornos e paralisar outras unidades de produção, chegando a operar com apenas 45% de sua capacidade instalada. Os prognósticos de queda do PIB eram então sombrios não só no Brasil como na grande maioria dos países. Felizmente, a retomada da atividade econômica vem sendo mais rápida do que o previsto. Logo que os sinais de aumento da demanda de aço surgiram, o setor do aço começou a reativar sua produção, para atender com brevidade o retorno dos pedidos dos clientes. Hoje, a utilização da capacidade instalada é a mesma de janeiro deste ano (63%).
Especificamente no segmento da construção civil, um dos maiores setores consumidores de aço, o grande consumo é de vergalhões. A maior parte da produção de vergalhões é originária das mini-mills, plantas que não possuem altos fornos e utilizam, principalmente, a sucata reciclada de aço como matéria prima nas aciarias elétricas. Uma menor parcela da produção de vergalhões é obtida a partir de rota integrada principalmente a carvão vegetal, que produz ferro gusa em fornos de menor porte e, em seguida aço, nas aciarias.
Estas duas rotas de produção são versáteis e de mais fácil operação, respondendo ainda mais rapidamente ao eventual aumento da demanda, como a que acontece no momento atual. Presentemente, as plantas dos grupos siderúrgicos que produzem os vergalhões utilizados na construção civil - ArcelorMittal, Gerdau, Aço Verde Brasil, Sinobrás, SIMEC e CSN - estão em pleno funcionamento, com produções acima dos patamares pré-crise, sendo, pois, infundadas as informações sobre escassez de vergalhões.
A indústria brasileira do aço tem plena capacidade de atender a demanda do mercado doméstico, como já o tem feito, e assegura ser esta a sua maior prioridade.
O Instituto Aço Brasil apresentou, na oportunidade, a revisão da previsão de fechamento dos dados para 2020, com a redução das expressivas quedas previstas anteriormente para a produção de aço bruto, vendas internas, exportações, importações e consumo aparente.
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