O ministro dos Portos, Pedro Brito, anunciou, ontem, a conclusão da dragagem de aprofundamento do canal de acesso ao Porto do Rio Grande, confirmando a informação dada com exclusividade pelo Jornal Agora na última quinta-feira. Em nota divulgada por sua assessoria, o ministro observou que esta é uma das maiores e mais importantes obras do Programa Nacional de Dragagem (PND).
Com o término do serviço, o porto rio-grandino passa a ser um dos mais profundos do Cone Sul. A parte interna do canal, do píer petroleiro até o fim dos Molhes da Barra, trecho em que a dragagem foi concluída no final de 2009, ficou com profundidade de 16 metros, e a externa, fora dos Molhes, com profundidade de 18 metros, conforme determinado no contrato da Secretaria Especial de Portos (SEP) com o consórcio formado pelas empresas Odebrecht Serviços de Engenharia S.A e Jan de Nul do Brasil Dragagem Ltda.
A dragagem de aprofundamento foi iniciada em 23 de agosto de 2009 e realizada pela draga Juan Sebastián de Elcano. Conforme o ministro, esta é uma das maiores e mais importantes obras do Programa Nacional de Dragagem (PND).
Desde 17 de maio, a Superintendência do Porto do Rio Grande (SUPRG) aumentou o calado oficial do porto de 40 para 42 pés, atendendo pedido de terminais graneleiros que buscaram se beneficiar de um porto mais competitivo já no escoamento da safra de soja deste ano. Agora, a SUPRG tomará todas as medidas técnicas e legais para homologar o novo calado do porto gaúcho. A intenção é atingir 47 pés de calado.
A expectativa é de que navios que antes operavam com uma média de 50 mil toneladas possam atingir até 80 mil toneladas, representando uma redução significativa no preço do frete por tonelada e tornando o porto gaúcho mais competitivo. O consórcio que fez o aprofundamento, conforme o contrato, ainda fica responsável por executar, por um prazo de dois anos, a dragagem de manutenção do canal quando se fizer necessária.
O investimento é de R$ 196 milhões, sendo R$ 147,5 milhões por parte da Secretaria de Portos (SEP), por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e R$ 48,5 milhões por parte do Estado do Rio Grande do Sul.