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Na COP29 Brasil lança roteiro para impulsionar investimentos em energia limpa nas economias em desenvolvimento

Iniciativa do GT de Transições Energéticas do G20, coordenado pelo MME, oferece plano estruturado para fomento da energia verde.

Redação TN Petróleo/Assessoria MME
14/11/2024 10:10
Na COP29 Brasil lança roteiro para impulsionar investimentos em energia limpa nas economias em desenvolvimento Imagem: Divulgação Visualizações: 159 (0) (0) (0) (0)

A presidência brasileira do G20, no âmbito do Grupo de Trabalho de Transições Energéticas, lançou, nesta quarta-feira (13), no Pavilhão do Brasil na COP29, em Baku, o “Roteiro para Aumentar o Investimento em Energia Limpa em Países em Desenvolvimento”. Desenvolvido em colaboração com a Agência Internacional de Energia (IEA) e incorporando contribuições de membros do G20, países convidados e organizações internacionais, a iniciativa oferece um plano estruturado para apoiar investimentos em energia verde.

“Sob a liderança do presidente Lula, o Brasil tem sido vocal na comunidade internacional sobre a necessidade de ampliação do acesso ao financiamento da transição energética global e de mobilização de maiores compromissos para esse fim. Gargalos de financiamento podem comprometer de diferentes formas as ambições dos países, e isso precisa mudar. Foi com esse intuito que trouxemos a esse tema como uma das prioridades do GT de Transições Energéticas do G20. Esse estudo é a contribuição da presidência brasileira para apoiar governos, financiadores e sociedade nesse debate, e chega em um momento crucial, onde o mundo tem os olhares atentos aos resultados das negociações da COP29”, enfatizou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

O evento de lançamento reuniu líderes dos setores financeiro e energético, incluindo Dan Dorner, representante especial do diretor executivo da IEA; Makhtar Diop, diretor-geral da International Finance Corporation (IFC); Matthew Toombs, diretor da International Net Zero; Dana Barsky, chefe global de Estratégia de Sustentabilidade e Net Zero do Standard Chartered; e Mahmoud Mohieldin, presidente da GFANZ Africa Network.

A presença desses representantes reflete o amplo apoio ao Roteiro e a necessidade de ação coordenada para atender à crescente demanda por energia limpa nos países em desenvolvimento​​​​.

O Roteiro aborda desafios críticos nos países em desenvolvimento, onde os investimentos em energia limpa precisam aumentar mais de seis vezes até 2035, em alinhamento com o potencial desses países e as metas climáticas globais.

Reconhecendo que o financiamento público, por si só, não pode suprir essa lacuna, o Roteiro apresenta uma estrutura para atrair capital privado e mobilizar financiamento internacional com o objetivo de construir um ecossistema energético próspero e resiliente ao clima.

“Aplaudo o Brasil por dedicar esforços para a aceleração dos investimentos em energia limpa nas economias em desenvolvimento durante a sua presidência do G20. Esta é uma questão crucial, e a IEA está muito satisfeita por ter apoiado a presidência brasileira do G20 neste relatório histórico. Mas precisamos de uma resposta mais focada, incluindo um maior apoio da comunidade internacional, para ajudar a eliminar as barreiras ao investimento, reduzir o custo do capital e trazer todas as economias para a economia de energia limpa", destacou Fatih Birol, diretor Executivo da Agência Internacional de Energia.

Com recomendações com prazos definidos, o Roteiro busca reduzir os custos de financiamento, incentivar mecanismos de compartilhamento de riscos e criar os ambientes político e de investimento necessários para liberar fluxos substanciais de capital para projetos de energia limpa.

“O Brasil está comprometido em ajudar a desbloquear os investimentos necessários para o crescimento da energia limpa nas economias em desenvolvimento, e este roteiro é um passo à frente nesse esforço,” declarou Mariana Espécie, assessora Especial do Ministro de Minas e Energia e co-presidente do Grupo de Trabalho de Transições Energéticas do G20.

O progresso do Brasil em energia renovável, com quase 90% de sua eletricidade proveniente de fontes renováveis, serve como modelo prático no Roteiro, que enfatiza a importância de estruturas financeiras estáveis, parcerias público-privadas e políticas de apoio para a expansão da energia limpa.

Para conhecer o estudo, clique aqui.

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