Logística

Navegação será reativada na hidrovia do São Francisco

Uma ampla mobilização que envolve os governos federal, estadual e municipais, além de empresas, está sendo firmada para a recuperação da navegação, em escala comercial, na hidrovia do rio São Francisco. Seminário realizado no dia

Agecom Bahia
16/06/2010 07:16
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Uma ampla mobilização que envolve os governos federal, estadual e municipais, além de empresas, está sendo firmada para a recuperação da navegação, em escala comercial, na hidrovia do rio São Francisco. Seminário realizado no dia 10 de junho de 2010, pelo Ministério dos Transportes (MT), em Sobradinho (BA), levantou os gargalos e as soluções necessárias para que a hidrovia possa ser ativada e passe a ser rota de transporte, principalmente de fertilizantes e grãos.

 

 

 

A hidrovia receberá investimentos do PAC 2, que inclui a construção de estaleiros e portos. De acordo com o coordenador-geral do Departamento de Transportes Aquaviários do Ministério, Edison de Oliveira Vianna Jr., são previstos investimentos de R$ 399 milhões até 2014 na hidrovia, que sai de Pirapora e segue até Juazeiro, perfazendo o total de 1.371 quilômetros. "Os recursos serão utilizados principalmente para a implantação de três terminais de carga, dragagem, derrocamento e sinalização".

 

 

O secretário do Planejamento da Bahia, Antônio Alberto Valença, afirmou que a hidrovia precisa de manutenção regular para voltar a operar em larga escala e dar segurança de retorno aos investimentos empresariais. Dentre as ações destacadas como necessárias, a dragagem em cerca de 10 trechos que hoje não possuem a profundidade adequada para a passagem de comboios hidroviários.
"Teoricamente, a hidrovia possui calado padrão de 1,5 metro, que equivale a uma profundidade de 2 metros, mas com manutenção, o calado poderia ser elevado para 1,8 metro, com profundidade de 2,3 metros", explicou Valença.

 

A limitação de calado nos níveis atuais ocorre devido à existência de pedrais no trecho entre Sobradinho e Juazeiro (PE), que poderão ser removidos com a realização de obras de derrocamento. Entre os benefícios apontados com a manutenção está a garantia da navegação durante todo o ano e a diminuição pela metade do tempo de viagem.

 

Valença também apresentou as vantagens econômicas do transporte hidroviário em comparação ao rodoviário. "Um único comboio hidroviário de seis mil toneladas substitui 150 carretas de 40 toneladas, o que reduz o valor do frete e gera impacto positivo no meio ambiente".

 

COMPLEXO INTERMODAL LOGÍSTICO

 

A integração intermodal entre a hidrovia, a ferrovia Oeste-Leste e o Porto Sul, em Ilhéus, foi destacada pelo secretário extraordinário da Indústria Naval e Portuária, Roberto Benjamin. "Será um complexo intermodal logístico que vai consumir recursos públicos e privados da ordem de R$ 12 bilhões nos próximos cinco anos, envolvendo também um novo aeroporto em Ilhéus, uma zona de apoio logístico, uma ampla malha rodoviária, além do Gasene, que foi inaugurado recentemente".
Benjamin também destacou a revitalização do terminal portuário de Juazeiro. "Até o final de julho, o Derba vai realizar uma concorrência para realizar a dragagem do porto de Juazeiro, que possui calado atual de 1,5 metro e precisa ampliar a profundidade para a atracação de barcaças".

 

O seminário também contou com a participação do prefeito de Sobradinho, Genilson Silva, além de representantes das prefeituras de Juazeiro e Petrolina, do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), do Ministério da Agricultura, da Marinha do Brasil, da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), do Ministério do Meio Ambiente e da Administração da Hidrovia do São Francisco (AHSFRA).



Fonte: Agecom Bahia

 
 

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