<P>A armadora CMA CGM vai operar 10 navios de 6 mil TEUs (medida equivalente a contêineres de 20 pés), no próximo ano, para a rota Brasil/Ásia. Segundo o diretor geral da empresa no Brasil, Nelson Carlini, 30% da capacidade das embarcações será preenchida com contêineres refrigerados.</P><P>...
Gazeta MercantilA armadora CMA CGM vai operar 10 navios de 6 mil TEUs (medida equivalente a contêineres de 20 pés), no próximo ano, para a rota Brasil/Ásia. Segundo o diretor geral da empresa no Brasil, Nelson Carlini, 30% da capacidade das embarcações será preenchida com contêineres refrigerados.
As cargas frigorificadas estão crescendo muito em nossa operação e com esses novos navios vão aumentar em quatro vezes, disse o executivo. A armadora opera atualmente no País navios de até 2,8 mil TEUs de capacidade e movimenta, em cada embarcação, cerca de 200 contêineres refrigerados. A partir de 2009, nas rotas para a Ásia o volume de contêineres refrigerados passará para 800 unidades.
Carlini acrescentou que a empresa já detém 11,8% do mercado de transporte de longo curso de cargas refrigeradas. Escalamos os principais portos do País e levamos, além de carnes, as frutas do Nordeste, disse Carlini.
No primeiro semestre deste ano (janeiro-junho) a armadora acumula embarque de 29.247 TEUs em carga refrigerada, um crescimento de 1,6% em relação ao mesmo período do ano passado. No segundo semestre está previsto um acréscimo significativo neste movimento por conta de produtos sazonais. Com esse movimento, a operação brasileira perde somente para os portos norte-americanos. Somos o segundo país em importância para a CMA CGM, ressaltou o executivo. O número total de contêineres frigorificados embarcados este ano no País já é de 247.454 TEUs.
Os embarques de contêineres frigorificados no Nordeste, feitos em Natal, Salvador e Fortaleza, são de frutas, como manga, melão, melancia e uva do Vale do São Francisco. No Centro-Sul as principais mercadorias exportadas são o frango e a carne bovina, embarcados pelos portos de Santos (SP), Itajaí (SC) e Rio Grande (RS). No mercado de carne, o principal cliente da armadora é a Frangosul, do Rio Grande do Sul.
Falta de contêineres
Carlini ressaltou que a armadora incorpora o aumento nos custos do frete com o retorno ao País dos contêineres refrigerados vazios. O Brasil sempre foi exportador líquido, então temos que fazer alguns ajustes para não perdermos mercado, disse o executivo. Segundo ele, nos últimos dois anos a empresa investiu US$ 150 milhões na ampliação da frota de contêineres refrigerados. O executivo afirmou que a frota total cresceu de 60 mil contêineres em 2003 para 350 mil unidades este ano. A idade média da frota de contêineres, conforme o executivo, é de 4 anos, enquanto que a média do mercado é de até 10 anos.
Com sede na francesa Marselha, a CMA CGM é o terceiro maior grupo de transporte de contêineres do mundo, com faturamento global em 2007 de US$ 11,8 bilhões, o que representa um crescimento de 40% na comparação com 2006. No Brasil, a armadora opera com uma frota de 23 navios em 11 serviços/linhas de longo curso, que ligam o Brasil à América Central, Caribe, Europa, Ásia, África e América do Norte. CMA CGM.
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