Opinião

OGX deve devolver concessão de Tubarão Azul

Avaliação é de diretor da ANP.

Valor Econômico
14/11/2013 11:21
Visualizações: 268 (0) (0) (0) (0)

 

Sem produzir petróleo no campo de Tubarão Azul desde agosto, a OGX deve devolver o campo para a Agência Nacional do Petróleo (ANP). A expectativa é de Florival Carvalho, diretor da agência reguladora, para quem esse é o futuro mais provável dessa área. Tubarão Azul foi o primeiro campo da OGX a entrar em produção, mas se mostrou inviável comercialmente. Carvalho explicou, contudo, que não há prazo para que essa devolução seja feita. A ANP indeferiu pedido da OGX para apresentar um novo plano de desenvolvimento do campo porque, segundo o diretor, a medida "já não cabia nesse momento".
Sem a aprovação, a OGX tem seis meses para entregar uma revisão, explicou o diretor. Sem entrar em detalhes, Carvalho explicou apenas que existem "discordâncias" sobre a cubagem do reservatório, que a agência acha que é menor, fator de recuperação e atuação de aquíferos. "É uma coisa normal", disse o diretor, lembrando que essa discussão envolve dados sigilosos. Mesmo sem ter o plano de desenvolvimento aprovado, a ANP autorizou a OGX a instalar um sistema de produção antecipado no campo justamente para fazer uma avaliação do reservatório.
Depois de ver a OGX se dissolver na bolsa de valores, o diretor da ANP disse que a relação da agência com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) está melhorando. "Já estamos fazendo um protocolo de intenções [entre os dois reguladores] no sentido de trabalhar mais em conjunto nesses episódios de empresas que têm ações em bolsa [e sobre o que publicam] nos seus fatos relevantes", disse Carvalho.
Carvalho disse que não há como afirmar que mudanças na regulação poderão ser provocadas pelos eventos envolvendo a OGX, que depois de notificar dezenas de descobertas entrou em recuperação judicial na Justiça por não ter condições de pagar suas dívidas. Sobre a possibilidade de a OGX receber punições da ANP, o diretor acha muito difícil. "Os documentos oficiais que chegam mostram que eles fizeram tudo conforme a regra. Com a ANP eles cumpriram tudo até hoje. E o que não cumpriram, nós fizemos atuação", disse Carvalho, lembrando que a OGX Maranhão foi multada em R$ 200 mil por não ter pago royalties sobre a produção de condensados.
"Eles achavam que estavam produzindo gás seco, mas tinha condensado também. Eles declararam que estavam produzindo, mas não instalaram um sistema de medição adequado e a empresa foi multada", explicou. Sobre as afirmativas otimistas sobre o potencial de reservas da OGX feitas nos últimos três anos, Carvalho disse que "não regulamos o que cada um diz. Nós regulamos o contrato".
A OGX informou à ANP que entrou com pedido de recuperação judicial na semana passada, uma semana depois de o pedido ter sido entregue à Justiça. A mesma resposta vale para outras companhias que passam por dificuldades, e cujos nomes o diretor prefere não mencionar.
O diretor da ANP também reforça que não cabe à agência se envolver em conflitos entre sócios em áreas sob concessão, ao ser questionado sobre eventuais problemas de investimento no bloco BS-4, onde a OGX é sócia da Queiroz Galvão e Barra Energia.

Sem produzir petróleo no campo de Tubarão Azul desde agosto, a OGX deve devolver o campo para a Agência Nacional do Petróleo (ANP). A expectativa é de Florival Carvalho, diretor da agência reguladora, para quem esse é o futuro mais provável dessa área. Tubarão Azul foi o primeiro campo da OGX a entrar em produção, mas se mostrou inviável comercialmente. Carvalho explicou, contudo, que não há prazo para que essa devolução seja feita. A ANP indeferiu pedido da OGX para apresentar um novo plano de desenvolvimento do campo porque, segundo o diretor, a medida "já não cabia nesse momento".

Sem a aprovação, a OGX tem seis meses para entregar uma revisão, explicou o diretor. Sem entrar em detalhes, Carvalho explicou apenas que existem "discordâncias" sobre a cubagem do reservatório, que a agência acha que é menor, fator de recuperação e atuação de aquíferos. "É uma coisa normal", disse o diretor, lembrando que essa discussão envolve dados sigilosos. Mesmo sem ter o plano de desenvolvimento aprovado, a ANP autorizou a OGX a instalar um sistema de produção antecipado no campo justamente para fazer uma avaliação do reservatório.

Depois de ver a OGX se dissolver na bolsa de valores, o diretor da ANP disse que a relação da agência com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) está melhorando. "Já estamos fazendo um protocolo de intenções [entre os dois reguladores] no sentido de trabalhar mais em conjunto nesses episódios de empresas que têm ações em bolsa [e sobre o que publicam] nos seus fatos relevantes", disse Carvalho.
Carvalho disse que não há como afirmar que mudanças na regulação poderão ser provocadas pelos eventos envolvendo a OGX, que depois de notificar dezenas de descobertas entrou em recuperação judicial na Justiça por não ter condições de pagar suas dívidas. Sobre a possibilidade de a OGX receber punições da ANP, o diretor acha muito difícil. "Os documentos oficiais que chegam mostram que eles fizeram tudo conforme a regra. Com a ANP eles cumpriram tudo até hoje. E o que não cumpriram, nós fizemos atuação", disse Carvalho, lembrando que a OGX Maranhão foi multada em R$ 200 mil por não ter pago royalties sobre a produção de condensados.

"Eles achavam que estavam produzindo gás seco, mas tinha condensado também. Eles declararam que estavam produzindo, mas não instalaram um sistema de medição adequado e a empresa foi multada", explicou. Sobre as afirmativas otimistas sobre o potencial de reservas da OGX feitas nos últimos três anos, Carvalho disse que "não regulamos o que cada um diz. Nós regulamos o contrato".

A OGX informou à ANP que entrou com pedido de recuperação judicial na semana passada, uma semana depois de o pedido ter sido entregue à Justiça. A mesma resposta vale para outras companhias que passam por dificuldades, e cujos nomes o diretor prefere não mencionar.

O diretor da ANP também reforça que não cabe à agência se envolver em conflitos entre sócios em áreas sob concessão, ao ser questionado sobre eventuais problemas de investimento no bloco BS-4, onde a OGX é sócia da Queiroz Galvão e Barra Energia.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Bacia de Campos
Prio assina com a Equinor Brasil a aquisição de 60% dos ...
02/05/25
OTC HOUSTON 2025
Petrobras participa da OTC 2025, em Houston (EUA)
02/05/25
Rio de Janeiro
Porto do Rio de Janeiro atrai novo investimento privado ...
01/05/25
Combustíveis
Etanol e gasolina estão quedas nos preços em abril, apon...
01/05/25
Startups
Concluída a avaliação das startups inscritas na primeira...
01/05/25
OTC HOUSTON 2025
Profissionais do Grupo MODEC serão homenageados na OTC 2025
30/04/25
Pessoas
Paulo Cesar Montagner toma posse como 14º reitor da Unicamp
30/04/25
Etanol
Cana-de-açúcar tem produção estimada em 663,4 milhões de...
30/04/25
Captura de CO2
Impact Hub e Tencent lançam programa que disponibiliza a...
30/04/25
Resultado
Com recordes no pré-sal, Petrobras cresce 5,4% de produç...
30/04/25
Internacional
Petrobras apresenta oportunidades de investimento no set...
29/04/25
Royalties
Valores referentes à produção de fevereiro para contrato...
29/04/25
Biometano
TBG desenvolve projeto de Hub de Biometano para incremen...
29/04/25
Gás Natural
Comgás abre chamada pública para aquisição de gás natural
29/04/25
Pessoas
BRAVA Energia anuncia Carlos Travassos como novo Diretor...
28/04/25
OTC HOUSTON 2025
Indústria brasileira vai à OTC 2025 buscando ampliar sua...
28/04/25
Energia Elétrica
Mês de maio tem bandeira amarela acionada
28/04/25
Energia Elétrica
Prime Energy expande atuação em Minas Gerais
28/04/25
Resultado
PPSA encerra 2024 com lucro de R$ 28,8 milhões
28/04/25
Seminário
Estaleiro Mauá realiza Seminário Soluções e Inovações de...
28/04/25
Etanol
Hidratado e anidro fecham a semana em baixa
28/04/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

22