Energia elétrica

ONS prevê investimentos de R$ 16,3 bilhões em novas obras até 2026

Redação TN Petróleo/Assessoria
04/01/2022 15:57
ONS prevê investimentos de R$ 16,3 bilhões em novas obras até 2026 Imagem: Divulgação Visualizações: 1368 (0) (0) (0) (0)

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apresentou, em reunião virtual, o Plano da Operação Elétrica de Médio Prazo do Sistema Interligado Nacional (PAR/PEL). A estimativa total dos investimentos necessários para a execução das obras relacionadas no planejamento é de R$ 23,9 bilhões. Desse montante, R$ 16,3 bilhões correspondem a novas obras propostas somente neste ciclo do estudo. Além disso, cerca de R$ 2,9 bilhões em investimentos são provenientes do leilão de transmissão nº 02/2021, realizado no último dia 17 de dezembro. O conjunto de obras indicado representa 7.951 km de novas linhas de transmissão e 20.046 MVA de acréscimo de capacidade transformadora em subestações novas e existentes. O relatório prevê um crescimento da demanda de 20%, em 2026, quando comparado com a demanda máxima registrada em 2020, não coincidente - conceito usado especificamente para estimar demandas que acontecem em horários e meses diferentes.

Outro destaque nesta edição é a indicação de que a energia fotovoltaica terá um crescimento percentual muito expressivo, mais que dobrando a capacidade instalada no horizonte 2021-2025. Para o final de 2025, estima-se que a capacidade instalada do SIN totalizará 191,3 GW, sendo que 36 GW dessa quantia serão de usinas de geração eólica e fotovoltaica. Para essa geração planejada não são observadas restrições de escoamento de energia.

Entretanto, com a consideração das usinas com o Contrato de Uso do Sistema de Transmissão (CUST) assinado e pareceres de acesso válidos ou em andamento no ONS, o montante de geração renovável chega a valores de 52,4 GW, sendo que a maior parcela da diferença, cerca de 13,2 GW, são de usinas fotovoltaicas. Nesse cenário de oferta, particularmente para as regiões Norte e Nordeste, a previsão é que a geração compulsória (inflexibilidades mais geração renovável) supere a carga local acrescida da capacidade dos grandes troncos de interligação, o que pode resultar em restrições de escoamento para o Sudeste/Centro-Oeste.

Adicionalmente, há um enorme número de solicitações e emissões de informação e parecer de acesso (considerando apenas o período entre janeiro/2020 e outubro/2021, nas regiões Norte, Nordeste, Minas Gerais e Goiás) que representa cerca de 194 GW de capacidade instalada, mais de que o dobro da demanda máxima do SIN. Este exponencial crescimento da geração torna imprescindível o debate sobre o uso otimizado dos sistemas de transmissão dado o descompasso entre os prazos de construção de usinas e de linhas de transmissão. Estas questões têm sido abordadas pelo ONS em diversos fóruns, na busca de laternativas para conciliar a adequada expansão da rede respeitando a lógica econômica com a eficiente alocação da capacidade de escoamento.

Com relação à Micro e Minigeração Distribuída(MMGD), desde 2020, o ONS realiza um trabalho de conscientização junto aos agentes setoriais e a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), demonstrando que para maximizar os benefícios de uma massiva penetração da MMGD é importante atuar no aprimoramento da regulamentação para mitigar os riscos ao Sistema Interligado Nacional (SIN) decorrente da possível desconexão em cascata dessa geração, fenômeno vastamente documentado na experiência internacional.

Além da apresentação do Operador, o evento virtual contou, ainda, com apresentação da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e mais de 500 participantes. As informações do PAR/PEL 2021 foram consolidadas em um sumário executivo, no formato de revista online, além de acompanhar outros três volumes, que ficarão disponíveis no site do ONS. O documento traz, ainda, um balanço dos Grupos de Trabalho de Atendimento aos Estados – GT Estados e dos Leilões de Energia utilizando-se o conceito de margem de transmissão. 

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