Prejuízo

Paralisação impede atracação de navios

<P>A greve dos funcionários da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), iniciada na última segunda-feira, já alterou as operações no Porto de Santos. Desde a deflagração do movimento, mais de 20 navios deixaram de atracar no complexo portuário. Para o Sindicato das Agências de ...

A Tribuna - SP
03/07/2008 00:00
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A greve dos funcionários da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), iniciada na última segunda-feira, já alterou as operações no Porto de Santos. Desde a deflagração do movimento, mais de 20 navios deixaram de atracar no complexo portuário. Para o Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado de São Paulo (Sindamar), os prejuízos são incalculáveis.

A paralisação dos fiscais sanitários começou ainda sem os terminais e operadores portuários terem se recuperado do piquete promovido pelos caminhoneiros autônomos ­ encerrado na última segunda-feira. Os servidores, juntos a técnicos de outras sete agências reguladoras, pedem principalmente a equiparação salarial de cargos de mesmo nível.

Por enquanto, só conseguimos livre prática no Porto de Rio Grande (RS). Todos os outros portos aderiram à greve. Já existem 21 navios na Barra (de Santos). Os prejuízos são incalculáveis e isso (a greve) prejudica a imagem do Brasil perante ao comércio internacional porque os contratos não estão sendo cumpridos, afirmou o vice-presidente do Sindamar, José Roque, que também reclamou da frequência das greves em órgãos ligados ao setor portuário.

A livre prática é o documento expedido pela Anvisa que permite a atracação de navios nos portos brasileiros quando retornam do exterior.

Amanhã, às 10 horas, o Sindamar reunirá suas associadas para planejar uma ação coletiva contra a paralisação, pois na visão do vice-presidente da entidade, os grevistas não estão atendendo os 30% do serviço, conforme determina a lei.

FUGA

Com a greve dos fiscais sanitá- rios, os empresários portuários já temem fuga de cargas para outros portos, especialmente Buenos Aires, na Argentina, que fica próximo à costa brasileira.

Ontem, no Comitê de Logística do Porto de Santos ­ formado por técnicos do setor, o diretor de Infra-estrutura e Serviços da Codesp, Paulino Moreira Vicente, afirmou que três navios já tinham deixado o cais santista. Entretanto, o sindicato das agências não confirmou os desvios.

Segundo o diretor-executivo do Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp), José dos Santos Martins, a princípio, a paralisação da Anvisa não provocou queda na movimentação das empresas que operam no porto. Mas a tendência é que a partir de amanhã os reflexos comecem a ser sentidos, advertiu, ao revelar a proximidade de uma nova greve, a dos fiscais agropecuários, ligados ao Ministério da Agricultura.

Os profissionais agropecuários são responsáveis pela liberação das cargas de origem vegetal ou animal que entram e saem do País. Além disso, inspecionam contêineres para evitar a entrada de pragas no território nacional. Em Santos, o Serviço de Vigilância Agropecuária tem cerca de 50 fiscais.

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