Pesquisa tenta evitar acidentes em Barra Norte (AM)
Um grupo de cientistas brasileiros parte em expedição nesta terça-feira (30/05), de Belém para a costa do Amapá, onde irá pesquisar a Barra Norte, uma área do Canal Norte, na Foz do rio Amazonas. O local é rota de navios de grande porte, como graneleiros e petroleiros, que enfrentam d...
Redação
30/05/2006 00:00
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Um grupo de cientistas brasileiros parte em expedição nesta terça-feira (30/05), de Belém para a costa do Amapá, onde irá pesquisar a Barra Norte, uma área do Canal Norte, na Foz do rio Amazonas. O local é rota de navios de grande porte, como graneleiros e petroleiros, que enfrentam dificuldades de acesso à costa devido à grande quantidade de bancos de areia que mudam de lugar freqüentemente, causando perigo à navegabilidade. O objetivo da expedição é estudar a variabilidade do nível de água e a segurança para a navegação na lama que se deposita no fundo do local na vazante. A equipe viaja no navio Sirius, da Marinha, que está ancorado no porto de Belém. O local possui um ambiente extremamente dinâmico e complexo que apresenta correntes velozes, uma grande vazão de água fluvial e marés de muita amplitude. Essas condições levam muitos navios a encalharem na Barra Norte. A navegação no local é intensa, com o tráfego de 1.200 navios de grande porte por ano. O projeto vai investigar os aspectos físicos do local, o que inclui a salinidade, marés, ondas, correntes, temperatura; além dos aspectos geológicos, que são os tipos de sedimentos, quantidade de sedimentos em suspensão carreados pelo rio e o relevo do fundo do Amazonas. A expectativa é desvendar o sistema físico da Barra Norte neste final de período chuvoso na região para entender as integrações dos sistemas vizinhos e prever o comportamento dinâmico da área. Assim será possível atualizar a carta naútica da área, estabelecer um modelo de previsão do nível de água e definir uma possível dragagem. O trabalho visa prevenir acidentes que levem prejuízos ambientais e comerciais. As pesquisas na foz do Amazonas são recentes devido ao elevado custo das expedições e à necessidade de equipamentos de alta tecnologia. Ela lembra que a equipe da UFRJ tem reconhecida excelência nesse campo de estudos, o que será muito importante no intercâmbio com a UFPA. O projeto conta com oceanógrafos e engenheiros costeiros, professores da UFRJ e do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (Iepa), além de três alunos do curso de Oceanografia da UFPA. O grupo vai passar dez dias coletando materiais para a primeira etapa da análise física e voltará outras vezes à Barra Norte ao longo de dois anos de estudos. O custo da pesquisa é R$ 900 mil, bancado pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Ministério da Ciência e Tecnologia. O cálculo exclui a logística garantida pela Marinha e pela Petrobrás, através do Projeto Potenciais Impactos do Transporte de Peróleo e Derivados na Zona Costeira Amazônica (Piatam Mar). Apóiam o projeto o Laboratório de Oceanografia Física do curso de Oceanografia da UFPA e o Laboratório de Análise de Imagens do Trópico Úmido do curso de Geologia da mesma instituição.
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