Juliane Pereira dos Santos, pesquisadora especialista de Coatings, vence premiação que valoriza a igualdade de gêneros, a inclusão e a diversidade na ciência
Redação TN Petróleo/AssessoriaA brasileira Juliane Pereira dos Santos (foto), é uma das vencedoras do Prêmio Mulheres Latino-Americanas na Química, oferecido pela Sociedade Americana de Química (ACS, sigla em inglês), em parceria com a Federação Latino-Americana de Associações Químicas (FLAQ) e a Associação Brasileira de Química (ABQ). A pesquisadora especialista de Coatings faz parte da equipe da Oxiteno, empresa parte da Indorama Ventures Public Company Limited (IVL) e líder na produção de tensoativos e especialidades químicas nas Américas, venceu na categoria Líder na Indústria.
"Fico orgulhosa de representar as pessoas que estão envolvidas nesse prêmio. Estou muito feliz, é uma colaboração muito intensa, além de ser ótimo poder divulgar esse trabalho e ser reconhecida. Hoje faço pesquisas de aditivos para tintas decorativas, buscando desenvolver substâncias para tintas látex à base de água. Muito do que eu faço está relacionado a procurar melhorar as propriedades desta tinta para substituir aquelas à base de solventes. Na Oxiteno, estamos em uma fase que temos desafios relacionados a ter produtos cada vez melhores ambientalmente”, explica Juliane.
Duas brasileiras receberam menções honrosas: Márcia Cristina Khalil de Oliveira, da Petrobras; e Ana Paula de Carvalho Teixeira, da Universidade Federal de Minas Gerais e outras duas cientistas também levaram o Prêmio Mulheres Latino-Americanas na Química: a mexicana Monica Lizeth Chavez Gonzalez, da Universidade Autônoma de Coahuila, na categoria Líder Emergente; e a colombiana Elena Stashenko, da Universidade Industrial de Santander, na categoria Líder Acadêmica.
Com este prêmio, ACS e FLAQ pretendem promover a igualdade de gênero em ciência, tecnologia, engenharia e matemática na América Latina, e também contribuir para o desenvolvimento de uma perspectiva mais avançada na compreensão da diversidade de impacto na pesquisa científica e na área de química em geral.
“O Prêmio Mulheres Latino-Americanas na Química tem um impacto positivo nas jovens cientistas”, diz Harold Duban Ardila Barrantes, professor da Universidade Nacional da Colômbia e presidente da FLAQ. "É um enorme reconhecimento pelo esforço de todas as mulheres que trabalham em ciências químicas em nosso continente."
“Tenho orgulho de celebrar essas seis profissionais incríveis por suas contribuições para as ciências químicas e pelo avanço da pesquisa na América Latina”, diz Bibiana Campos Seijo, editora-chefe da C&EN. “Essas mulheres têm trabalhado para resolver alguns dos problemas mais urgentes que o mundo enfrenta e, ao fazer isso, continuam a inspirar e servir como modelos para a próxima geração de cientistas. Estou impressionada com o nível de talento que vemos esses prêmios, que está apenas em sua segunda edição.”
A cerimônia de premiação foi realizada nessa quarta-feira, 16 de novembro, durante o 35º Congresso Latino-Americano de Química, no Rio de Janeiro. Cada vencedora receberá um prêmio em dinheiro de US$ 2.000, uma ID SciFinder válida por 1 ano, uma associação ACS de 1 ano, um certificado e uma assinatura de curso gratuita através do ACS Institute.
A premiação contará com a participação especial de um dos maiores nomes da ciência no Brasil: a professora Márcia Barbosa, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e membro da Acadêmia Brasileira de Ciências. Ela tem se destacado por sua atuação pela inclusão das mulheres no meio científico, além do combate à falta de investimentos e à perda de pesquisadoras para universidades do exterior. Em 2020, foi eleita pela revista Forbes como uma das 20 mulheres mais influentes do país.
Vencedoras do 2º Prêmio Mulheres Latino-Americanas na Química
Líder na Indústria: Juliane Pereira dos Santos, da Oxiteno. Este prêmio reconhece uma mulher que trabalha na indústria química, farmacêutica ou de biotecnologia cujas pesquisas e inovações levaram a descobertas que contribuíram para o sucesso comercial e, portanto, beneficiaram a sociedade. A pesquisadora é formada pela Unesp com doutorado sanduíche na USP e Universidade de Windsor (Canadá) e pós-doutorado na Unicamp. Ela possui amplo conhecimento em físico-química e há 12 anos tem atuado no desenvolvimento de coalescentes para formação de filmes de látex, tensoativos para polimerização em emulsão e emulsionamento de resinas. A pesquisadora já contribuiu com o lançamento de 12 produtos inovadores entre 2011 e 2022 na Oxiteno, elevando o nível de tecnologia no mercado de recobrimento da América Latina. Nesse mesmo período realizou o depósito de sete famílias de pedidos de patentes. Ela se destaca ainda pela sua visão de futuro, contribuindo com inovações que impactam positivamente a sociedade e o meio ambiente. Já atuou como pesquisadora voluntária na Unicamp e foi uma das idealizadoras do curso pré-vestibular gratuito da Unesp-Araraquara.
Menção honrosa: Márcia Cristina Khalil de Oliveira (Petrobras).
Líder Emergente: Monica Lizeth Chavez Gonzalez, da Universidade Autônoma de Coahuila, México. Este prêmio reconhece as realizações de uma excelente jovem cientista ou empresária em química. Esta jovem profissional tem se destacado pelo desempenho significativo na promoção de Bioprocessamento não apenas para o México e América Latina, mas também em nível global, além de contribuir com excelente desempenho na formação de novos pesquisadores em seu país. Ela é uma das líderes e fundadoras do mais importante grupo de Bioprocessamento no México, e também é a atual coordenadora geral e fundadora da Rede de Cooperação em Bioprocessamento MX-LATAM.
Menção honrosa: Ana Paula de Carvalho Teixeira (Universidade Federal de Minas Gerais).
Líder Acadêmica: Elena Stashenko, da Universidade Industrial de Santander (Colômbia). Este prêmio reconhece uma mulher com um histórico comprovado no meio acadêmico que fez contribuição significativa, com impacto global e social, para a pesquisa científica em química. Ela completou seus estudos de graduação e doutorado em química na UDN e MGU (Moscou), e tem sido professora visitante na Universidade da Califórnia (EUA), Universidade Braunschweig (Alemanha), Universidade de Quebec (Canadá) e o Royal Melbourne Institute of Technology (Austrália). Ela é diretora científica do Bio-Challenge XXI 15:50, uma rede de pesquisa de 15 projetos dedicados no desenvolvendo de protótipos de produtos para as indústrias cosmética, alimentícia, farmacêutica e de higiene, à base de ingredientes naturais isolados e caracterizados como parte do estudo da biodiversidade colombiana. Ela teve, em 2020, o reconhecimento por uma vida e carreira na saúde pública na Colômbia e foi selecionada pela revista Analytical Scientist como uma das cientistas mais influentes em todo o mundo.
Menção honrosa: Lena Ruiz Azuara (Universidade Nacional Autônoma do México).
2º Prêmio Mulheres Latino-Americanas na Química
Quando: quarta-feira, 16 de novembro
Horário: 17h30 às 18h30
Onde: durante o 35º Congresso Latino-Americano de Química, no Centro de Convenções do Hotel Windsor Florida, no Rio de janeiro
Sobre a ACS e seus parceiros
A American Chemical Society (ACS) é uma organização sem fins lucrativos, licenciada pelo Congresso dos EUA. A missão da ACS é promover o empreendimento químico mais amplo e seus profissionais para o benefício do planeta e de sua população. A Sociedade é líder global no fornecimento de acesso a informações e pesquisas relacionadas à química por meio de várias soluções de pesquisa, periódicos revisados por parceiros, conferências científicas, e-books e periódicos semanais de notícias sobre Química e Engenharia. Os periódicos da ACS estão entre os mais citados, mais confiáveis e mais lidos na literatura científica. Entretanto, a própria ACS não realiza pesquisas químicas. Como especialista em soluções de informação científica (incluindo SciFinder® e STN®), sua divisão CAS capacita pesquisa, descoberta e inovação global. Os escritórios principais da ACS estão em Washington, D.C. e Columbus, Ohio.
Sobre a FLAQ
A Federação Latino-Americana de Associações Químicas (FLAQ) é a organização que representa as associações científicas e/ou profissionais de química nas nações da América Latina. A FLAQ foi fundada no VII Congresso Latino-Americano de Química, realizado na Cidade do México em 1959. Seus objetivos são: promover o estabelecimento de associações químicas em nível local; promover o estabelecimento de um código de ética para profissionais de química na América Latina; promover o estudo e o intercâmbio entre centros de ensino superior.
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