Valor Econômico
A estatal colombiana
Hoje pela manhã serão abertos três envelopes. Um da Petrobras, outro da Glencore e o da Ecopetrol, onde ela informa o preço mínimo estabelecido para a refinaria. Quem apresentar a melhor proposta financeira se tornará sócio majoritário de uma nova companhia que será criada, da qual a Ecopetrol terá 49% e dará como ativo a refinaria de Cartagena. Se as ofertas das duas proponentes para aquisição dos outros 51% tiverem diferença de preço até 5%, será considerado empate. Nesse caso a Petrobras e a Glencore terão uma hora para apresentar novas propostas.
O dinheiro que virá do novo sócio será investido na modernização e expansão da refinaria de Cartagena. O governo da Colômbia já tem um projeto de modernização da unidade definido pelo Conselho Nacional de Política Econômica e Social (Conpes), ligado ao ministério do Planejamento. A configuração do projeto prevê investimentos de US$ 806 milhões. O novo investidor pode mudar a configuração do projeto.
A Colômbia quer aumentar a capacidade de processamento da refinaria de Cartagena dos atuais 70 mil para 140 mil barris/dia, reduzir o percentual de enxofre da gasolina e diesel produzidos no país e, ainda, manter a produção de correntes (derivados de petróleo) de modo a atender a demanda da indústria petroquímica. A unidade tem acesso ao mar do Caribe e à rede de dutos que liga a região ao resto do país. Pode exportar cerca de 89,5 mil barris por dia de produtos, sendo uma parte usando infra-estrutura do Complexo Industrial de Barrancabermeja.
O gerente geral da Petrobras na Colômbia, Dirceu Abrahão, explicou que se a ganhar a concorrência, a Petrobras pretende refinar naquele país petróleo pesado brasileiro. Segundo ele, a Petrobras planeja continuar exportando o petróleo já produzido no país, de 18,8 mil barris por dia em agosto. "O petróleo daqui é produzido em outra região, e é exportado através de dutos da qual a Petrobras é sócia", disse Abrahão.
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