A Petrobras e a Universidade Estadual Paulista (Unesp) inauguraram nesta terça-feira (23) no campus de Rio Claro (SP) o edifício do UNESPetro, um Centro de Geociências aplicadas ao Petróleo. A cerimônia contou com a presença do diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Guilherme Estrella, e do gerente executivo do Cenpes, Carlos Tadeu da Costa Fraga, além de membros da universidade e figuras políticas da cidade.
Com 2.000 m2 de área útil, o novo Centro recebeu investimentos de R$ 10,5 milhões em infraestrutura, que incluem a construção do prédio, a aquisição de modernos equipamentos laboratoriais e mobiliário. Deste montante, cerca de R$ 9 milhões foram investidos pela Petrobras e R$ 1,5 milhões pela UNESP.
O Complexo UNESPetro foi concebido para associar um completo Centro de Pesquisas em Geologia Sedimentar aplicada ao Petróleo a um moderno Centro de Educação e Treinamento, ambos direcionados prioritariamente para a geração de conhecimento e o desenvolvimento de competências em rochas carbonáticas, predominante nos reservatórios de óleo e gás da área do pré-sal.
“O que determinou o investimento nesta parceria foi a decisão da Petrobras em concentrar no Brasil o desenvolvimento do conhecimento sobre o pré-sal, aliado à excelência da Unesp e seu núcleo de geocientistas dedicados ao estudo de rochas carbonáticas”, afirmou o diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Guilherme Estrella, que recebeu homenagem do reitor da universidade, Herman Voorwald, durante a cerimônia.
A inauguração do prédio do UNESPetro é uma das principais iniciativas para o desenvolvimento do Sistema de Capacitação, Ciência e Tecnologia em Carbonatos (SCTC), parte integrante da estratégia de Redes Temáticas da Petrobras. Este sistema é fruto de um acordo firmado em fevereiro de 2010 entre a Petrobras e UENF, UFF, UFRJ, Unesp e Unicamp, visando avanços no conhecimento das rochas carbonáticas, que, embora alojem grande percentual do petróleo mundial, contavam com pouca presença no Brasil.
Com a criação do SCTC, a empresa busca expandir a pesquisa geológica básica, na avaliação da produtividade dos poços e no fluxo de produção de petróleo e gás do pré-sal. “A Unesp detém em seus quadros uma 'expertise' em sistemas sedimentares. Por meio da parceria com esta universidade e demais instituições, assim como com a criação deste Complexo, pretendemos que o Brasil seja uma referência no conhecimento em carbonatos”, ressalta o gerente executivo do Cenpes, Carlos Tadeu da Costa Fraga.
Redes Temáticas
O modelo das Redes Temáticas foi criado pela Petrobras em 2006, voltado para o relacionamento com as universidades e institutos de pesquisas brasileiros. Hoje já há 50 redes operando em parceria com 110 universidades e instituições de pesquisas de todo o Brasil. Nas redes, as instituições desenvolvem pesquisas em temas estratégicos para o negócio da Petrobras e para a indústria brasileira de energia. A Petrobras investiu nos últimos quatro anos cerca de R$ 450 milhões anuais, em média, possibilitando às instituições conveniadas a implantação de infraestrutura, aquisição de modernos equipamentos, criação de laboratórios de padrão mundial de excelência, capacitação de pesquisadores/recursos humanos e desenvolvimento de projetos de Pesquisa & Desenvolvimento nas áreas de interesse, como petróleo e gás, biocombustíveis e preservação ambiental.