O módulo III da Unidade de Tratamento de Gás de Cacimbas (UTGC), em Linhares, será concluído em 2009, mas a Petrobras já estuda a implantação do módulo IV a partir de 2010. Estuda também a ampliação da UTG Sul, que começa a ser implantada em Anchieta, no Litoral Sul do Estado. Os dois pr
A Gazeta/Vitória
04/12/2007 02:00
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O módulo III da Unidade de Tratamento de Gás de Cacimbas (UTGC), em Linhares, será concluído em 2009, mas a Petrobras já estuda a implantação do módulo IV a partir de 2010. Estuda também a ampliação da UTG Sul, que começa a ser implantada em Anchieta, no Litoral Sul do Estado. Os dois projetos demandarão investimento de US$ 600 milhões, no mínimo.
As expansões, em ritmo acelerado, das duas unidades de tratamento virão obrigatoriamente para atender ao aumento, acima do esperado, da produção de gás nos campos marítimos no Estado. Até 2010, o Espírito Santo - que estará conectado ao Gasoduto de Interligação Sudeste-Nordeste (Gasene) - terá produção diária de cerca de 24 milhões de metros cúbicos de gás, a metade da produção de todo o país.
O gerente geral da Petrobras no Espírito Santo, Márcio Félix, admitiu ontem a necessidade de expansão das duas unidades de tratamento. Só que elas terão que ocorrer muito antes do que a Petrobras planejava, porque o ritmo acelerado da produção e as novas descobertas na camada de pré-sal estão obrigando a estatal a agilizar seus projetos e aumentar o volume de investimentos. A unidade sul foi planejada para atender ao campo de Jubarte, que é a 5ª maior reserva do país.
A Petrobras fecha este ano com US$ 5 bilhões de investimento no Estado. Em 2008, serão mais US$ 7 bilhões. E entre 2008 e 2012, os recursos da estatal destinados a projetos diversos somarão a fabulosa cifra de US$ 11,5 bilhões. Nos últimos anos, explica Félix, os investimentos de um ano para outro têm registrado crescimento superior a 30%.
O governador Paulo Hartung, que na manhã de ontem também visitou a UTGC, reafirmou que o Espírito Santo será a solução para a falta de gás que o país enfrenta. Além de ser um grande fornecedor de gás para o Brasil - fato, por si só, de grande relevância -, com o aumento da produção de gás, o Estado caminha a passos largos para a consolidação de outros grandes projetos previstos.
A instalação de uma fábrica de fertilizantes, que agregará valor à produção industrial capixaba, é um desses projetos. O outro é a instalação de uma usina termelétrica movida a gás natural, que contribuirá para aumentar a geração de energia do Estado, reduzindo sua dependência nesta área.
O Investimento
Cifras . O investimento na Unidade de Tratamento de Gás de Cacimbas (UTGC), em Linhares, soma US$ 1,2 bilhão
Capacidade. Quando o módulo III estiver concluído, em 2009, a unidade terá capacidade para o tratamento de 24 milhões de metros cúbicos de gás
Produção. Na unidade é processado o gás retirado de Peroá, e dos campos I e II de Golfinho. No final do próximo ano entrará também o gás que será extraído de Camarupim, pela plataforma Cidade de São Mateus.
Processamento. O gás extraído dos campos terrestres e marítimos chegam à estação de Cacimbas para o processamento. Na unidade é feita a separação dos diferentes tipos de gás, da água e de resíduos de óleo
Uso. Os gases C1 e C2 (metano e etano) são destinados ao uso industrial. Os C3 e C4 se transformam no GLP, conhecido como gás de cozinha. O C5+ é destinado à indústria petroquímica.
Estrutura. No pólo de Cacimbas, trabalham 2.300 pessoas e mais de 80% dos trabalhadores são capixabas. Muitas pessoas, que trabalhavam em outros estados retornaram ao Espírito Santo.
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