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Petrobras quer manter trabalhadores

Estatal vai fazer um trabalho com médias e grandes construtoras.

Valor Econômico
11/12/2012 14:04
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Petrobras quer manter trabalhadores
Noticiário cotidiano - Indústria naval e Offshore
Ter, 11 de Dezembro de 2012 07:13
A Petrobras vai fazer um trabalho com médias e grandes construtoras para que as empresas do setor identifiquem e retenham profissionais qualificados em cursos da indústria de petróleo e gás. Boa parte dessa mão de obra está migrando, depois de formada, para outras áreas de atividade. A evasão de profissionais preocupa a Petrobras e vai forçar uma discussão com construtoras, fornecedoras de bens e serviços da estatal, sobre formas de manter os melhores talentos que saem dos cursos gratuitos do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp).
No começo de 2013, deverá haver reunião para discutir o tema entre a Petrobras e construtoras na Associação Brasileira de Engenharia Industrial (Abemi). "Estamos qualificando pessoas que têm migrado para outras indústrias como papel e celulose e bebidas e para projetos de infraestrutura. Vamos conversar com os grandes contratadores [de mão de obra] para que os melhores quadros saídos do Prominp permaneçam na indústria de petróleo e gás", disse Paulo Alonso, coordenador-executivo do programa. Ele disse que a indústria de petróleo está perdendo 40% da mão de obra qualificada para outros setores, incluindo grandes projetos de infraestrutura da Copa do Mundo de 2014.
O Prominp tem como missão aumentar a participação dos fornecedores de bens e serviços brasileiros nos projetos de petróleo e gás no Brasil e no exterior. Mas nos primeiros anos do programa grande parte dos esforços foram dirigidos para qualificação profissional pois havia gargalos de mão de obra para atender às demandas da indústria de petróleo e gás, disse Alonso. Desde 2003, quando foi criado, o Prominp qualificou 90 mil trabalhadores por meio de cursos do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), do Centro Nacional de Educação tecnológica (Cefet) e de universidades.
Essa primeira fase de qualificação demandou investimentos de R$ 252 milhões. Até 2016 será preciso qualificar mais 200 mil trabalhadores, o que vai exigir R$ 300 milhões em investimentos. Alonso disse que a Petrobras entrou com pedido na Agência Nacional do Petróleo (ANP) para utilizar esses recursos. O dinheiro solicitado à agência tem origem na parcela de 1% desembolsada pela Petrobras sobre o faturamento dos campos de petróleo que pagam participação especial (PE), os quais produzem mais de 20 mil barris por dia. O percentual arrecadado nesses campos destina-se a atividades de pesquisa e desenvolvimento (P&D).
Joaquim Passos Maia, diretor da Abemi, disse que a entidade vai liderar o desenvolvimento de um programa de certificação profissional que deverá estar pronto para ser implantado dentro de oito meses. Esta certificação poderá contribuir para limitar a evasão de profissionais, disse Maia. O programa de certificação será feito em parceria com o Senai e com a Associação Brasileira de Manutenção e Gestão de Ativos (Abraman) e irá se apoiar em conhecimentos do Centro Nacional para Construção, Educação e Pesquisa (NCCER, na sigla em inglês). A certificação foi um dos projetos definidos no 9º Encontro Nacional do Prominp, realizado na semana passada, em Belo Horizonte (MG), disse Maia.
Ele afirmou que o Brasil vive o paradoxo do pleno emprego com baixa produtividade. Em segmentos profissionais da indústria do petróleo, como soldadores, encanadores, eletricistas e montadores, a demanda está aquecida, mas os profissionais muitas vezes não estão qualificados para atender o que se exige.
No encontro do Prominp na capital mineira, Maia apresentou gráfico, com base em dados da consultora ManPower, segundo o qual o Brasil é o segundo país do ranking em termos de dificuldades para se preencher postos de trabalho. A razão para o país ocupar esta posição está na falta de competência técnica da força de trabalho. O primeiro país da lista é o Japão, mas por razões bem diferentes das encontradas no Brasil: entre os japoneses, há falta de trabalhadores disponíveis para ocupar postos menos qualificados, disse Maia.

A Petrobras vai fazer um trabalho com médias e grandes construtoras para que as empresas do setor identifiquem e retenham profissionais qualificados em cursos da indústria de petróleo e gás. Boa parte dessa mão de obra está migrando, depois de formada, para outras áreas de atividade. A evasão de profissionais preocupa a Petrobras e vai forçar uma discussão com construtoras, fornecedoras de bens e serviços da estatal, sobre formas de manter os melhores talentos que saem dos cursos gratuitos do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp).


No começo de 2013, deverá haver reunião para discutir o tema entre a Petrobras e construtoras na Associação Brasileira de Engenharia Industrial (Abemi). "Estamos qualificando pessoas que têm migrado para outras indústrias como papel e celulose e bebidas e para projetos de infraestrutura. Vamos conversar com os grandes contratadores [de mão de obra] para que os melhores quadros saídos do Prominp permaneçam na indústria de petróleo e gás", disse Paulo Alonso, coordenador-executivo do programa. Ele disse que a indústria de petróleo está perdendo 40% da mão de obra qualificada para outros setores, incluindo grandes projetos de infraestrutura da Copa do Mundo de 2014.


O Prominp tem como missão aumentar a participação dos fornecedores de bens e serviços brasileiros nos projetos de petróleo e gás no Brasil e no exterior. Mas nos primeiros anos do programa grande parte dos esforços foram dirigidos para qualificação profissional pois havia gargalos de mão de obra para atender às demandas da indústria de petróleo e gás, disse Alonso. Desde 2003, quando foi criado, o Prominp qualificou 90 mil trabalhadores por meio de cursos do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), do Centro Nacional de Educação tecnológica (Cefet) e de universidades.


Essa primeira fase de qualificação demandou investimentos de R$ 252 milhões. Até 2016 será preciso qualificar mais 200 mil trabalhadores, o que vai exigir R$ 300 milhões em investimentos. Alonso disse que a Petrobras entrou com pedido na Agência Nacional do Petróleo (ANP) para utilizar esses recursos. O dinheiro solicitado à agência tem origem na parcela de 1% desembolsada pela Petrobras sobre o faturamento dos campos de petróleo que pagam participação especial (PE), os quais produzem mais de 20 mil barris por dia. O percentual arrecadado nesses campos destina-se a atividades de pesquisa e desenvolvimento (P&D).


Joaquim Passos Maia, diretor da Abemi, disse que a entidade vai liderar o desenvolvimento de um programa de certificação profissional que deverá estar pronto para ser implantado dentro de oito meses. Esta certificação poderá contribuir para limitar a evasão de profissionais, disse Maia. O programa de certificação será feito em parceria com o Senai e com a Associação Brasileira de Manutenção e Gestão de Ativos (Abraman) e irá se apoiar em conhecimentos do Centro Nacional para Construção, Educação e Pesquisa (NCCER, na sigla em inglês). A certificação foi um dos projetos definidos no 9º Encontro Nacional do Prominp, realizado na semana passada, em Belo Horizonte (MG), disse Maia.


Ele afirmou que o Brasil vive o paradoxo do pleno emprego com baixa produtividade. Em segmentos profissionais da indústria do petróleo, como soldadores, encanadores, eletricistas e montadores, a demanda está aquecida, mas os profissionais muitas vezes não estão qualificados para atender o que se exige.


No encontro do Prominp na capital mineira, Maia apresentou gráfico, com base em dados da consultora ManPower, segundo o qual o Brasil é o segundo país do ranking em termos de dificuldades para se preencher postos de trabalho. A razão para o país ocupar esta posição está na falta de competência técnica da força de trabalho. O primeiro país da lista é o Japão, mas por razões bem diferentes das encontradas no Brasil: entre os japoneses, há falta de trabalhadores disponíveis para ocupar postos menos qualificados, disse Maia.

 

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