Para atender a estes objetivos o plano de negócios da área internacional prevê investimentos de US$ 12,1 bilhões no período entre 2007 e 2011. O diretor da área internacional, Nestor Cerverò, ressalta que 70% do total será em E&P e US$ 3,9 bi em novos negócios.
A meta da área internacional da Petrobras é chegar a 2011 produzindo 560 mil barris de óleo equivalente no exterior e processando 500 mil barris em refinarias fora do Brasil. A informação foi divulgada pelo diretor de negócios internacionais da Petrobras, Nestor Cerveró, nesta segunda-feira (07/08), na sede da companhia do Rio.
Para atender a estes objetivos o Plano de Negócios prevê investimentos de US$ 12,1 bilhões no período de 2007 a 2011. Do total, US$ 8,5 bilhões, correspondentes a 70%, serão aplicados em Exploração e Produção (E&P) no exterior. Outros 25% (US$ 3 bilhões) serão destinados ao refino internacional e o restante em gás e energia, distribuição, petroquímica e investimentos corporativos.
Os investimentos em E&P têm foco no crescimento da produção no Golfo do México e na Nigéria e em novos negócios ainda em prospecção. Segundo Cerveró, há uma previsão de investimentos em novos negócios de US$ 3,9 bilhões, correspondentes a cerca de um terço do orçamento total da área.
Esse valor, informa o diretor, será destinado a apostas de atividade exploratória na Ásia, Europa e América do Sul e em aquisições de unidades de refino para atender ao objetivo da companhia de ampliar sua capacidade de refino internacional.
Além dos US$ 3,9 bilhões para novos negócios, a área internacional ainda terá a disponibilidade de investir US$ 5,4 bilhões em negócios nas Américas, África e Golfo do México e US$ 2,8 bilhões no Cone Sul, principalmente Argentina, que receberá 84% do investimento para a região (US$ 2,37 bilhões). A região do Golfo do México receberá o maior investimento previsto no período: US$ 2,72 bilhões.
"A Argentina requer muito investimento porque ali temos atividades exploratórias, distribuição, refino, venda de gás, geração elétrica", justifica Cerveró.
O alto investimento no Golfo do México está relacionado com a atividade exploratória, conforme detalhou o gerente exectuivo da área internacional, João Figueira. US$ 1,7 bilhão serão investidos em projetos de águas profundas que estão em fase de descoberta nos campos de Cascade, Chinooc e Saint Malo, com planos de contratação de sondas de perfuração, equipamentos e serviços.
Além do investimento em E&P, a Petrobras vai investir mais cerca de US$ 1 bilhão na área de refino nos Estados Unidos. A companhia já fez o primeiro pagamento, de US$ 180 milhões, para a aquisição da refinaria de Passadena em sociedade com a Astra.
Atualmente, a refinaria processa 100 mil barris por dia, com capacidade de processar 15 mil barris de óleo pesado do Campo de Marlim, na Bacia de Campos. Além da aquisição, a Petrobras e a Astra investirão para ampliar a capacidade para processamento de 200 mil barris dia, sendo 70% do total de óleo pesado.
Na África, os principais negócios da Petrobras são na Nigéria e em Angola. Na Nigéria, a companhia participa em dois projetos em sociedade com a Chevron e com a Total, mas não como operadora.
A previsão é de que os campos comecem a produzir entre 2008 e 2009 e montante da Petrobras seria correspondente a 70 mil barris diários de petróleo. Em Angola, a Petrobras acaba de adquirir blocos na condição de operadora e a previsão de início de produção é para 2010 ou 2011.
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