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Petróleo em baixa afeta as ações das petroleiras

Preços do petróleo bruto em queda livre.

Valor Econômico
10/10/2014 13:04
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As empresas que exploram petróleo e gás natural e prestam serviços nos poços estavam entre as apostas mais populares entre os investidores no início deste ano, aproveitando-se do renascimento da produção de petróleo e gás nos Estados Unidos.

O subsetor de equipamentos e serviços para petróleo e gás da S&P subiu 23% em 2014 até 20 de junho, o dia em que os futuros de petróleo bruto dos EUA atingiram sua máxima de US$ 107,26 por barril.

Entre as empresas de serviços, as ações da Nabors Industries Ltd. subiram 68% no período, as da Halliburton Co., 38%, e da National Oilwell Varco Inc., 11%.

Mas os preços do petróleo bruto desde então entraram em queda livre, seguindo uma série de relatórios austeros sobre o crescimento econômico da China, Japão e Europa.

Os futuros de petróleo bruto da Nymex fecharam ontem em US$ 85,77, 22,4% abaixo da máxima de 2013, ultrapassando a barreira de 20%, que define um mercado baixista.

As ações das empresas vinculadas a energia seguiram o mesmo caminho, refletindo os receios dos investidores que a economia global ficará mais fraca, reprimindo a demanda, e que os preços baixos do petróleo reduzirão o incentivo para que as empresas de energia explorem e mantenham propriedades onerosas nos EUA, derrubando o faturamento das empresas de serviços de energia.

O subsetor de serviços do S&P caiu 11,1% nesse período.

“No curto prazo, o impacto será ganhos menores e fluxo de caixa mais baixo devido a um preço inferior da commodity”, diz Aaron Dunn, analista sênior do Eaton Vance Corp, que tem uma carteira de US$ 288 bilhões. “As ações têm potencial para novas quedas".

Os preços mais baixos do petróleo são uma vantagem para consumidores e empresas que precisam de um grande volume de combustível, como as companhias aéreas.

Mas elas são um problema para o setor de energia porque reduzem o fluxo de caixa e as margens.

Entre os principais desafios das empresas de energia dos EUA, dizem investidores, está o petróleo doméstico, relativamente caro para produzir em um momento onde a produção mundial se mantém elevada.

Se o preço do petróleo bruto cair abaixo de US$ 85 por barril, algumas empresas podem optar por reduzir seus investimentos, o que pode desacelerar o crescimento da produção, segundo Bill Herbert, analista no banco de investimento Simmons & Co. International, de Houston.

“No próximo ano, com certeza, parece que haverá excesso de oferta e fraca demanda”, diz Matt Peron, que supervisiona US$ 85 bilhões em investimentos em ações no Northern Trust. “Então não faz sentido entrar no setor agora.”

O fundo negociado em bolsa Market Vectors Oil Services, que acompanha as ações das empresas de serviços, caiu 16,7% entre 20 de junho e quarta-feira.

Nesse período, as ações da Halliburton caíram 14%, as da National Oilwell recuaram 7% e as da Nabors acumularam uma baixa de 27%. As ações da empresa de exploração Devon Energy Corp. caíram 19% após subirem 23% no ano até então.

Algumas empresas menores também foram atingidas.

A Emerge Energy Services LP, que extrai cristais de sílica usados para ajudar as companhias a perfurarem poços, só na quarta-feira teve queda de 6,7% nas suas ações, acumulando um recuo de 9,3% desde 20 de junho.

Grandes empresas globais de energia também encolheram, embora em muitos casos sua retração tenha sido mais silenciosa devido à presença mais ampla e às operações mais diversificadas.

As ações da Exxon Mobil Corp. caíram 8,9% entre 20 de junho e quarta-feira.

Alguns investidores dizem que estão aproveitando o momento para comprar ações a preços baixos. Eric Nuttall, que administra o Sprott Energy Fund, de US$ 89 milhões, diz que ele aproveitou para comprar ações da Enerplus Corp., uma produtora que está perfurando campos de xisto em toda a América do Norte, e da Whitecap Resources Inc., que explora petróleo e gás no oeste do Canadá.

Mas Paul Stocking, do fundo Columbia Dividend Opportunity, de US$ 6,1 bilhões, diz que reduziu a aposta em empresas de energia durante o segundo trimestre, eliminando ações de empresas com exposição à produção na América do Norte devido a receios de queda na demanda e nos preços.

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