Nova Lei do Gás

PL do Gás é modificado no Senado e retorna para a Câmara dos Deputados

Redação TN Petróleo/Assessoria Abiquim
15/12/2020 18:45
Visualizações: 834 (0) (0) (0) (0)

O Senado aprovou, no dia 10 de dezembro, o novo marco regulatório para o setor de gás, Projeto de Lei (PL) 4.476/2020, que dispõe sobre transporte, processamento, estocagem e comercialização do gás natural. A proposta foi aprovada com alterações e, por isso, voltará para deliberação da Câmara dos Deputados, onde iniciou a tramitação.

O novo marco regulatório substituirá a Lei 11.909/2009 além de permitir que a exploração do serviço de transporte de gás natural e contratos para a construção de gasodutos sejam feitos mediante autorização, após empresas apresentarem projeto previsto em chamada pública e terem a aprovação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

InstitucionalO texto também prevê mecanismos para viabilizar a desconcentração do mercado de gás, no qual a Petrobras participa com 100% da importação e do processamento e cerca de 80% da produção. A ANP deverá acompanhar o mercado para estimular a competitividade, usando mecanismos como cessão compulsória de capacidade de transporte, escoamento da produção e processamento; obrigação de venda, em leilão, de parte dos volumes de comercialização detidos por empresas com elevada participação no mercado e restrição à venda de gás natural entre empresas nas mesmas áreas de produção.

Segundo o relator da matéria, senador Eduardo Braga (MDB/AM), destravar o mercado do gás natural é importante para o Brasil, pois o País não pode ficar para trás do resto do mundo, que adotou o gás natural como a fonte de energia para a transição de uma matriz energética de base fóssil para fontes mais limpas e renováveis. Braga explicou que estimativas do BNDES apontam para a potencial duplicação da oferta interna de gás natural nos próximos dez anos, originárias principalmente da produção do pré-sal.

InstitucionalO projeto estava na pauta do dia 9 de dezembro, mas teve sua votação adiada para o relator analisar as emendas dos senadores. Foram apresentadas 20 emendas e 4 foram acatadas de forma total ou parcial. O texto passou a permitir o acesso do biometano à rede de gasodutos, de modo a favorecer a produção e o consumo de gás produzido a partir de resíduos orgânicos, pedido do senador Oriovisto Guimarães (Podemos/PR). Foi acatada emenda da senadora Rose de Freitas (Podemos/ES), que determina que as unidades de processamento de gás natural sejam instaladas preferencialmente nos municípios produtores. Outra sugestão acatada, do senador Rogério Carvalho (PT-SE), reserva aos estados o serviço local de gás. O texto ainda passou a prever a possibilidade de a atividade de transporte de gás ser exercida por meio de parceria público privada (PPP), pedido do senador Weverton Rocha (PDT/MA).

A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) apresentou destaque para retirar artigo que, segundo ela, poderia prejudicar a produção de energia limpa na região Nordeste, por indicar prioridade, em determinados leilões de energia, aos estados da região Amazônica, com as chamadas termelétricas inflexíveis. Levado a votação, o destaque foi aprovado por 38 votos a 33 e o dispositivo (artigo 41) foi retirado do texto aprovado.

A Abiquim é a favor do texto que foi aprovado na Câmara dos Deputados e acredita que as novas regras poderão trazer os preços de gás em um futuro de médio prazo para patamares mais adequados à competição no mercado internacional, além de propiciar a possibilidade de busca de novos ofertantes. Até que as novas regras produzam efeitos, a Abiquim também entende que o compartilhamento da infraestrutura existente, em especial dos terminais de GNL, deve ser priorizado, além, obviamente, da possibilidade de as empresas consumidoras de gás poderem comprar gás no mercado livre.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Parceria
BRAVA Energia anuncia parceria e venda de 50% de infraes...
06/06/25
Negócio
Vallourec finaliza a aquisição da Thermotite do Brasil
06/06/25
Apoio Offshore
CBO fecha 2024 com expansão da frota, avanços em sustent...
06/06/25
Etanol
ORPLANA promove encontros com associações para esclarece...
06/06/25
Firjan
Receitas do petróleo não suportam mais taxas e inseguran...
06/06/25
Gás Natural
TBG reduz tarifas do Gasbol em até 20%
06/06/25
Hidrogênio
Vallourec obtém qualificação de sua solução de armazenam...
06/06/25
Amazônia
FGV Energia e Petrobras firmam parceria para geração de ...
06/06/25
Transição Energética
BNDES, Petrobras e Finep lançam edital para FIP em trans...
05/06/25
Pré-Sal
Shell aumentará participação no projeto operado de Gato ...
05/06/25
Biometano
Grupo de trabalho da ANP conclui estudos sobre regulamen...
05/06/25
Bahia Oil & Gas Energy 2025
Inovação no DNA: Como a Comquality vem revolucionando o ...
04/06/25
Bahia Oil & Gas Energy 2025
Oil States marca presença na Bahia Oil & Gas Energy 2025...
04/06/25
Oferta Permanente
Edital do leilão da Oferta Permanente e marco do Licenci...
04/06/25
Sergipe Oil & Gas 2025
Sergipe Oil & Gas 2025 é lançado com foco em inovação e ...
04/06/25
Meio Ambiente
Supergasbras amplia ações que reduzem as emissões de CO₂...
04/06/25
Campos Marginais
Medidas Fiscais com Impacto Desproporcional às Operadora...
04/06/25
Biometano
Gasmig abre chamada pública para aquisição de biometano ...
03/06/25
QAV
GOL e TAP adotam o IATA FuelIS para otimizar o uso de co...
03/06/25
IBP
Posicionamento do IBP sobre receitas extras com petróleo
03/06/25
ANP
Com 3,734 milhões de boe/d, produção de petróleo e gás n...
03/06/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

22