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Planos da Petrobras se voltam para a África

O Estado de São Pau
24/08/2005 03:00
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Estatal pretende reforçar posições na Líbia e na Tanzânia, mas continua no Golfo do México

Apesar de manter o foco internacional em bacias petrolíferas do Oceano Atlântico, a Petrobrás anunciou ontem que pretende reforçar posição em países como Líbia e Tanzânia. Segundo o diretor internacional Nestor Cerveró, a empresa vai participar de uma licitação na Líbia em outubro. "Já adquirimos um bloco lá no ano passado, e foi muito importante para a companhia ter instalado escritório na Líbia", disse, em conferência a investidores.
"O plano de negócios mantém foco nas áreas do leste da África e no Golfo do México - onde pretendemos priorizar a produção de gás para vender aos Estados Unidos - mas sem esquecer que existem outras áreas no mundo todo", disse o presidente da companhia, José Sérgio Gabrielli.
A empresa começou a operar em 2004 na Tanzânia e o país já está incluído entre os projetos de investimento do plano estratégico. Segundo os executivos, uma das tendências da indústria petrolífera atual é apostar em países africanos ou no Oriente Médio.
Pelo novo plano de negócios, US$ 8,5 bilhões serão incluídos em novos projetos - a operação na Tanzânia não foi contabilizada na versão anterior do documento. Prevê-se, ainda, aumento da oferta de gás do Espírito Santo, novas plantas exploratórias e conversão das usinas térmicas em bicombustíveis.
Os analistas questionam o aumento de US$ 22 bilhões no orçamento de investimentos sem reflexo nos indicadores de produção de petróleo e gás, mas, segundo Gabrielli, o aumento dos custos se refere a serviços e equipamentos, que somam US$ 6,4 bilhões, à malha de gasodutos no Nordeste e Sudeste (Gasene), à segunda fase do projeto do campo de Golfinho e à plataforma P-53.
Ainda em relação aos custos, Gabrielli citou a antecipação de projetos previstos apenas para depois de 2010, como a plataforma arrendada para a fase um de Golfinho, que vai produzir óleo leve, a aquisição das térmicas merchants e ainda a construção da unidade petroquímica básica no Rio de Janeiro. Para estes projetos foram destinados US$ 5,6 bilhões.
A Petrobras informou ainda que vai construir um dique seco para a construção e reparo de cascos para plataformas e navios. Segundo o diretor da área de Serviços, Renato Duque, serão investidos US$ 80 milhões no projeto. Atualmente existe apenas um dique seco, no estaleiro Sermetal, o que impediu a conversão de cascos de navios para plataformas nos últimos anos. Duque anunciou ainda a licitação das plataformas P-55 e P-57, ainda neste semestre, e o da P-56 em 2006.
A P-55, destinada ao campo de Roncador, na Bacia de Campos em 2010, e a P-57, destinada à Jubarte, na Bacia do Espírito Santo, estão em desenvolvimento, paralelamente às negociações com o mercado o que, afirma Duque, dará maior precisão nas especificações técnicas e mais firmeza nos preços na hora da licitação.

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