Plataformas

Polêmica e promessa de financiamentos para o setor naval

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deverá liberar US$ 1,72 bilhão para a construção de plataformas de exploração e armazenamento de petróleo e gás, além de US$ 300 milhões para embarcações de apoio. O anúncio foi feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Si


18/06/2004 03:00
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O setor naval será contemplado nos próximos dois anos com um pacote de financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A instituição deverá liberar US$ 1,72 bilhão para a construção de plataformas de exploração e armazenamento de petróleo e gás, além de US$ 300 milhões para embarcações de apoio. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que fez o anúncio nesta quinta-feira (17/06) em Brasília, lembrou que outros US$ 1 bilhão serão desembolsados para a construção de navios petroleiros.
O presidente participou da cerimônia de assinatura de 11 contratos para construção e reforma de quatro plataformas da Petrobras (P-51, P-54, P-34 e PRA-1). Após a cerimônia, que foi marcada pela polêmica, a governadora do Rio de Janeiro, Rosinha Matheus, acusou a Petrobras de irregularidades na licitação da PRA-1, por não ter divulgado os valores das propostas dos concorrentes. Os 11 contratos totalizam investimentos de R$ 6,3 bilhões e deverão gerar, segundo cálculos da própria Petrobras, de 42,4 mil empregos.
A P-51 é a primeira semi-submersível inteiramente construída no Brasil. A plataforma, que se destina ao campo de Marlim Sul na Bacia de Campos, terá capacidade para produzir diariamente 180 mil barris de petróleo e 6 milhões de m³ de gás natural. Segundo a Petrobras, a construção da P-51 coloca o país na reduzida lista de nações tecnologicamente capacitadas para produzir este tipo de plataforma. O prazo de construção da unidade, que terá 70% de conteúdo nacional, é de oito meses. Com previsão de R$ 2,3 bilhões em investimentos, a plataforma, ainda segundo estimativa da Petrobras, deverá demandar 4,8 mil empregos diretos e 14,4 mil indiretos no país.
Já a P-54 é uma unidade do tipo FPSO (Floating, Production, Storage and Offloading). Sua obra consiste na conversão e adaptação do navio-tanque Barão de Mauá, da Frota Nacional de Petroleiros (Fronape), em uma unidade flutuante de produção. A plataforma também terá capacidade para produzir 180 mil barris de óleo e 6 milhões de m³ diários, além de poder estocar 2 milhões de barris de petróleo. A obra terá um prazo de 29 meses e uma meta de conteúdo nacional de 65%. Ao todo, os investimentos totalizarão R$ 2,4 bilhões e deverão gerar 2,6 mil empregos diretos e 7,8 mil indiretos no país.
As três licitaçãoes para construção da P-54 são: uma para os módulos de geração, que teve como vencedora a subsidiária da italiana Nuovo Pignone (Rio de Janeiro-RJ); outra para os módulos de compressão de gás, vencida pela Dresser Rand (Niterói-RJ); e uma terceira para conversão e integração do casco com a planta de processo e utilidades, que ficará a cargo do estaleiro Jurong Shipyards (Cingapura e Niterói).
A obra da P-34 consiste na preparação de sua planta de processamento de petróleo para receber o petróleo pesado (17º API) do campo de Jubarte. Além disso, o sistema de ancoragem, antes com capacidade para 800 metros, passará para 1,35 mil metros de profundidade. A P-34 tem capacidade para produzir 60 mil barris de óleo por dia.
Sua contratação foi realizada por meio de uma licitação única, vencida pela empresa GDK, que realizará as obras de adaptação em canteiro localizado no Porto de Vitória (ES). Com duração de 13 meses, os trabalhos vão consumir 800 toneladas de aço, com 80% de conteúdo nacional, R$ 265 milhões de investimentos e geração de 700 empregos diretos e 2,1 mil indiretos no Brasil.
Integrante do Plano Diretor de Escoamento e Tratamento do Óleo da Bacia de Campos (PDET), a Plataforma de Rebombeio Autônoma (PRA-1) vai viabilizar o escoamento da produção de petróleo e gás natural provenientes das plataformas P-52, P-55 e Módulo 34 (Campo de Roncador), P-51 e P-40 (Campo de Marlim Sul) e P-53 (Campo de Marlim Leste), todas localizadas em profundidades superiores a 1 mil metros. A PRA-1 tem capacidade de rebombear e transferir 818 mil barris de petróleo e 1,9 milhão de m³ de gás natural por dia. O prazo de construção será de 22 meses e o investimento será de R$ 1,34 milhão, com conteúdo nacional de 70% e geração de 2,5 mil empregos diretos no Brasil.
O governo do Rio comunicou, por meio de sua assessoria de imprensa, que considerou incorreto apenas o contrato da PRA-1. Questiona, no entanto, o fato de ter sido escolhida, para a obra, uma proposta mais cara do que a feita pelo Mauá-Jurong, do Rio de Janeiro. A assessoria informou que partiu do próprio Mauá-Jurong a denúncia de que o contrato vencedor seria de R$ 80 milhões mais caro do que a proposta apresentada pelo estaleiro fluminense.

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