Jornal do Commercio
A Cesp, empresa estadual paulista de geração de energia elétrica, não pretende vender sua usina Porto Primavera, afirmou ontem o diretor-presidente da companhia, Guilherme Toledo. A usina está no centro do prejuízo de R$ 2,43 bilhões em 2008. De acordo com a empresa, o prejuízo foi consequência da aplicação das novas regras contábeis brasileiras, que obrigam as empresas realizarem reavaliações periódicas de seus ativos, como usinas.
Quando a reavaliação aponta para um preço menor do que o valor inicial do ativo, a companhia tem de fazer uma provisão para redução de valor recuperável do imobilizado, o chamado “impairment”. Segundo a empresa, o ajuste sobre o valor da usina Porto Primavera foi tão grande que levou a perdas. Porto Primavera tinha valor contábil de R$ 13,38 bilhões e a diferença em relação à reavaliação foi de R$ 2,47 bilhões. “Não cogitamos a hipótese de vender alguma usina separadamente”, afirmou Toledo.
Toledo afirmou acreditar que Cesp obterá a renovação de sua concessão pública de contratos que expiram até 2015, caso da hidrelétrica Ilha Solteira. Toledo disse ainda que a hidrelétrica Três Irmãs, cuja concessão vence em 2011, também terá sua renovação requisitada ao governo. “Não temos a intenção de devolver nossa concessão”, disse.
A despeito do prejuízo de R$ 2,3 bilhões em 2008, a receita líquida da empresa evoluiu 13,6%, a R$ 2,479 bilhões no ano passado.
Fale Conosco