Segundo ele, essesfatores devem estimular a demanda interna.
Redação TNÉ difícil encontrar um produto, seja ele de consumo ou de produção, que não tenha recebido a intervenção de uma máquina-ferramenta durante seu processo de fabricação. Sendo assim, o crescimento e fortalecimento deste setor reflete o mesmo movimento de outras indústrias que demandam novas soluções tecnológicas cada vez mais produtivas. Projeções de crescimento do PIB em 3,1%, segundo o Relatório Focus do Banco Central, a prorrogação das linhas de financiamento do PSI/Finame em 2013, devem estimular a demanda interna de máquinas-ferramenta, notadamente, por pequenas e médias empresas.
Na avaliação de André Luís Romi, Presidente da CSMF – Câmara Setorial de Máquinas-Ferramenta e Sistemas Integrados de Manufatura da Abimaq, que apoia a 14ª FEIMAFE, uma das mais importantes feiras internacionais do setor e polo de atração de negócios para toda a América Latina, são muitos os desafios que fazem parte da preocupação dos líderes e gestores das empresas: investir de forma permanente em pesquisa e desenvolvimento de produtos e soluções tecnológicas, implantar processos de fabricação mais eficientes para melhorar a produtividade e elevar a qualificação dos profissionais são algumas das principais barreiras que o setor precisa driblar. O desafio maior, porém, é estar em condições de competir de igual para igual com as indústrias estrangeiras. “Hoje o fabricante nacional se pergunta se vale a pena fabricar ou importar um produto final. Se a decisão for pelo produto importado, fatalmente não precisará investir na produção local e, consequentemente, não precisará de máquina-ferramenta, seja nacional ou importada”, afirma Romi.
De acordo com os dados setoriais da Abimaq, em 2012, a produção brasileira de máquinas-ferramenta atingiu R$ 1,2 bilhão, representando um recuo de 18% comparado ao ano anterior. Este dado somado ao incremento de 8% nas importações demonstra quão disputado o mercado está. A continuidade do PSI/Finame neste ano, programa que garante linhas de financiamento atrativas para pequenas e médias empresas adquirirem máquinas-ferramenta, bem como outros tipos de equipamento de fabricação nacional, auxilia o setor, mas não garante competitividade no mercado externo. “Somente juros mais atrativos para investimento na produção não são suficientes, pois é preciso que a economia retome níveis mais robustos no longo prazo. A Abimaq não defende o protecionismo, senão condições isonômicas para competir. A principal preocupação do setor é o fato que a indústria manufatureira nacional está por conta essencialmente dos elevados custos existentes no ambiente interno no país, perdendo competitividade, ano após ano”, esclarece Romi.
Pela lógica de crescimento do setor de máquinas-ferramenta que, na avaliação da CSMF, acompanha o crescimento da produção industrial em geral, o ano de 2013 deve ser promissor para o segmento. Além de expectativas de crescimento do PIB e manutenção de linhas de crédito, a 14ª Feira Internacional de Máquinas-Ferramenta e Sistemas Integrados de Manufatura, também tem uma participação importante para os fabricantes que atuam na indústria de transformação. Com edições a cada biênio e quase 30 anos de história, a FEIMAFE está na agenda dos empresários mais importantes do setor, nacionais e internacionais. “As feiras de negócios fazem parte da estratégica das empresas no mundo todo. A FEIMAFE é uma das mais importantes feiras internacionais do setor e um polo de atração de negócios para toda a América Latina”, firma o executivo.
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