Biometano

Presidente Prudente (SP) inicia obra de R$12 milhões para distribuição de gás biometano

Cidade será a primeira no Brasil a utilizar fonte para abastecimento em área urbana. Expansão do setor pode reduzir em um terço das emissões nacionais de metano até 2030.

Redação TN Petróleo/Assessoria Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo
10/07/2025 15:44
Presidente Prudente (SP) inicia obra de R$12 milhões para distribuição de gás biometano Imagem: Divulgação Visualizações: 938

No mês de junho, a cidade de Presidente Prudente iniciou obras para o abastecimento urbano de gás biometano, e se tornou o primeiro município do Brasil a utilizar a fonte renovável para fornecimento urbano. A iniciativa visa o impulsionamento da transição energética e a redução da emissão de gases de efeito estufa.

Na cidade, um investimento de R$12 milhões, conduzido pela empresa Nécta Gás Natural, está viabilizando a instalação do primeiro gasoduto destinado ao transporte de biometano. Com 40 km de rede na cidade, a expectativa é de atender 5 mil pessoas, além de 58 estabelecimentos. O gás será distribuído pela Usina Cocal, no município de Narandiba, cidade próxima a Presidente Prudente.

“Com este projeto pioneiro em Presidente Prudente, São Paulo reforça ainda mais o seu compromisso com a sustentabilidade, a transição energética. É o começo de uma virada de chave nesta questão, e esperamos que a iniciativa possa impulsionar a utilização de fontes renováveis no estado de São Paulo, e em todo o país”, ressaltou o Secretário de Agricultura e Abastecimento, Guilherme Piai.

A Secretaria de Agricultura e Abastecimento, por meio do Instituto Agronômico (IAC-Apta), desenvolve o Programa Cana IAC, que completou 30 anos em 2024, e formulou e aprimorou importantes avanços para a cultura da cana-de-açúcar no Brasil. Suas principais contribuições incluem o desenvolvimento de variedades de cana com alta produtividade e adaptabilidade a diferentes ambientes, a criação de pacotes tecnológicos para o manejo da cultura, e a colaboração na formação de programas de melhoramento genético, o que impulsionou o setor sucroenergético no território paulista.

Outra medida que impulsionou a transição energética no estado de São Paulo foi a parceria da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA) e a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (SEMIL), por meio da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), que em 2024, apresentou o procedimento de licenciamento ambiental das plantas de produção de biocombustíveis do setor sucroenergético.

Pré-sal caipira

O estado de São Paulo possui aproximadamente 5.5 milhões de hectares destinados à cultura da cana-de-açúcar e se destaca como o maior produtor do Brasil, sendo responsável por grande parte da produção nacional. Resíduos da cana-de-açúcar, como bagaço, palha, vinhaça e torta de filtro, são utilizados na produção de biogás. O biogás gerado a partir desses resíduos pode ser purificado para produzir biometano, que irá passar a ser distribuído no município de Presidente Prudente.

O setor é historicamente reconhecido por sua importância estratégica, principalmente durante a Crise do Petróleo, nos anos de 1970, em que o etanol, produzido a partir da cana, reduziu a dependência brasileira do petróleo importado, incentivando a produção e o uso do etanol como alternativa.

Gás Biometano

O gás biometano é um biocombustível obtido a partir da purificação do biogás, produzido pela decomposição de matéria orgânica. Após sua purificação, o biometano fica com uma composição e características parecidas com a do gás natural.

Estudo da Fiesp e do Governo de SP de 2024 apontou que a expansão da produção de biometano pode gerar até 20 mil empregos e reduzir em até 16% as emissões previstas nas metas climáticas do Estado. A produção pode crescer de 0,4 milhão para 6,4 milhões de m³/dia, suprindo 40% da demanda de gás natural.

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