<P>O crescimento natural das embarcações de contêineres e o aumento do transporte de carga geral internacional, que poderá deslocar navios de 5 mil TEUs (twenty-feet equivalent unit, que é a medida de contêiner) para a rota brasileira, sinalizam a necessidade de expansão do Porto do Rio de Ja...
Agência EstadoO crescimento natural das embarcações de contêineres e o aumento do transporte de carga geral internacional, que poderá deslocar navios de 5 mil TEUs (twenty-feet equivalent unit, que é a medida de contêiner) para a rota brasileira, sinalizam a necessidade de expansão do Porto do Rio de Janeiro. Esses navios necessitam pelo menos de 15 metros de profundidade nos portos.
O presidente da Companhia Docas do Rio de Janeiro, Jorge Mello, disse nesta segunda-feira que os portos que vão fazer parte das escalas principais (do comércio internacional) - Porto do Rio, de Itaguaí, de Santos - ou que pretendem fazer parte desse roteiro, têm que ter mais de 15 metros para receber esses navios. Mello acrescentou que essas embarcações precisam de maior área de acostagem, isto é, de maiores cais.
- E como a movimentação é maior, você precisa ter maior retroárea. E esse é um bem muito escasso no Porto do Rio de Janeiro, porque a cidade cresceu e espremeu o porto contra o mar. Portanto, precisamos criar retroáreas e áreas de acostagem - disse.
Uma das alternativas é criar uma retroárea com mais 1,2 milhão de metros quadrados, por meio de aterro. Isso diminuiria a área de acostagem, mas, em termos ambientais, o presidente da Companhia Docas acredita que essa opção apresenta menor impacto. O aterro poderia trazer uma capacidade adicional de 5 milhões de contêineres ao porto, hoje de 1 milhão de contêineres.
Outra possibilidade seria fazer o prolongamento da área de cais em direção à Ponte Rio-Niterói. Essa alternativa poderia, contudo, afetar a questão das correntes marinhas que oxigenam a Baía da Guanabara e envolve investimento mais caro.
Os recursos previstos para a expansão do Porto do Rio alcançam cerca de R$ 1,5 bilhão e deverão ser aportados pela iniciativa privada. - Não vamos botar dinheiro nisso. A formação de uma parceria público-privada (PPP) para realização do projeto não foi descartada pelo presidente da Companhia Docas do Rio. Ele espera definir o projeto em 60 dias.
Mello reconheceu também que a expansão do Porto do Rio poderá vir a alterar o projeto de dragagem daquela unidade, prevista para realização no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). As obras de ampliação do porto deverão ser feitas em dois anos e envolverão alterações nos contratos vigentes atualmente.
Fale Conosco
22