Opinião

Rede elétrica subterrânea pode reduzir quedas de energia, dizem especialistas

O modelo traz ainda ganhos urbanísticos.

Agência Brasil
18/03/2013 12:42
Visualizações: 272 (0) (0) (0) (0)

 

A construção da rede elétrica subterrânea pode ser a solução definitiva para as quedas de energia que atingem a cidade nos temporais. “Se o sistema fosse todo subterrâneo, não teria problema algum. Por exemplo, em Paris é tudo subterrâneo e eles não têm esse problema”, diz o professor da Universidade de Campinas (Unicamp) José Pissolato, especialista em alta tensão.
Segundo o professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, (FAU-USP), Bruno Padovano, além de proteger a fiação da queda de árvores, galhos e raios, o modelo traz ganhos urbanísticos. Para o especialista, esse tipo de sistema ajuda a construir “uma paisagem urbana mais qualificada em termos visuais e mais segurança, especialmente para o transeunte e o motorista. “A constante poda de árvores é outro problema que seria evitado”.
O sistema subterrâneo é muito mais caro do que o aéreo. “Na rede aérea é muito mais barato fazer manutenção. Na subterrânea você tem que abrir buraco e fazer toda a isolação que é muito mais cara que uma linha aérea “, destaca Pissolato. O especialista explica que esse investimento tem retorno a longo prazo, com a redução dos desligamentos da rede por fatores externos.
Para Bruno Padovano os altos custos podem ser amortizados com os ganhos políticos de menos transtornos para o cidadão e o deleite do turista.
A rede elétrica subterrânea na capital paulista está prevista em uma lei municipal de 2005. O texto prevê a instalação subterrânea anual de 250 quilômetros de cabos. A Eletropaulo, concessionária responsável pela distribuição de energia na capital, não esclareceu se, em alguma medida, cumpre o determinado pela legislação. A empresa informou, porém, que apresentou à prefeitura um estudo sobre isso.
Na opinião de Padovano, o ideal seria começar a refazer a rede elétrica a partir dos locais com maior densidade populacional. “Seria interessante começar a partir dos grandes eixos viários [avenidas] e lugares de concentração pública e arbórea [parques, praças] e em lugares altos, onde não há tanto risco de enchente que possa afetar as redes subterrâneas”.
O professor destacou que é importante fazer a mudança em conjunto com um projeto urbanístico completo. “Definindo todos os elementos paisagísticos, infraestruturais e arquitetônicos incluindo iluminação pública, comunicação visual e mobiliário urbano”.
Mesmo reconhecendo que a queda de árvores e raios causam parte das interrupções no fornecimento de energia, José Pissolato ressalta que a falta de manutenção adequada pode piorar os problemas. “Se o sistema está velho e não consegue repor a energia em um curto espaço de tempo. Ou se realmente queima um transformador porque a sobretensão foi muito alta, aí é problema de manutenção”, disse, para explicar como a falta de investimentos preventivos pode causar cortes de energia para a população.
No último dia 4, a Eletropaulo foi multada pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) em R$ 6,9 milhões. A sanção corresponde às infrações de manter carga acima de admissível em subestações, linhas e circuitos, e à falta de manutenção dos equipamentos. No último ano, a agência aplicou R$ 21,8 milhões em multas à companhia, incluíndo a do início do mês.
A concessionária que atende à capital informa que em 2012 investiu mais de R$ 830 milhões em manutenção e expansão do sistema. Segundo a empresa, no ano passado, a média do tempo de interrupção no fornecimento caiu19,4% em relação a 2011, ficando de 8,35 horas. O número médio de vezes em que faltou luz foi 14,9% menor do que no ano anterior (4,64 vezes). De acordo com a companhia, os números são “ resultado das melhorias implantadas pela distribuidora”.

A construção da rede elétrica subterrânea pode ser a solução definitiva para as quedas de energia que atingem a cidade nos temporais. “Se o sistema fosse todo subterrâneo, não teria problema algum. Por exemplo, em Paris é tudo subterrâneo e eles não têm esse problema”, diz o professor da Universidade de Campinas (Unicamp) José Pissolato, especialista em alta tensão.


Segundo o professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, (FAU-USP), Bruno Padovano, além de proteger a fiação da queda de árvores, galhos e raios, o modelo traz ganhos urbanísticos. Para o especialista, esse tipo de sistema ajuda a construir “uma paisagem urbana mais qualificada em termos visuais e mais segurança, especialmente para o transeunte e o motorista. “A constante poda de árvores é outro problema que seria evitado”.


O sistema subterrâneo é muito mais caro do que o aéreo. “Na rede aérea é muito mais barato fazer manutenção. Na subterrânea você tem que abrir buraco e fazer toda a isolação que é muito mais cara que uma linha aérea “, destaca Pissolato. O especialista explica que esse investimento tem retorno a longo prazo, com a redução dos desligamentos da rede por fatores externos.


Para Bruno Padovano os altos custos podem ser amortizados com os ganhos políticos de menos transtornos para o cidadão e o deleite do turista.


A rede elétrica subterrânea na capital paulista está prevista em uma lei municipal de 2005. O texto prevê a instalação subterrânea anual de 250 quilômetros de cabos. A Eletropaulo, concessionária responsável pela distribuição de energia na capital, não esclareceu se, em alguma medida, cumpre o determinado pela legislação. A empresa informou, porém, que apresentou à prefeitura um estudo sobre isso.


Na opinião de Padovano, o ideal seria começar a refazer a rede elétrica a partir dos locais com maior densidade populacional. “Seria interessante começar a partir dos grandes eixos viários [avenidas] e lugares de concentração pública e arbórea [parques, praças] e em lugares altos, onde não há tanto risco de enchente que possa afetar as redes subterrâneas”.


O professor destacou que é importante fazer a mudança em conjunto com um projeto urbanístico completo. “Definindo todos os elementos paisagísticos, infraestruturais e arquitetônicos incluindo iluminação pública, comunicação visual e mobiliário urbano”.


Mesmo reconhecendo que a queda de árvores e raios causam parte das interrupções no fornecimento de energia, José Pissolato ressalta que a falta de manutenção adequada pode piorar os problemas. “Se o sistema está velho e não consegue repor a energia em um curto espaço de tempo. Ou se realmente queima um transformador porque a sobretensão foi muito alta, aí é problema de manutenção”, disse, para explicar como a falta de investimentos preventivos pode causar cortes de energia para a população.


No último dia 4, a Eletropaulo foi multada pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) em R$ 6,9 milhões. A sanção corresponde às infrações de manter carga acima de admissível em subestações, linhas e circuitos, e à falta de manutenção dos equipamentos. No último ano, a agência aplicou R$ 21,8 milhões em multas à companhia, incluíndo a do início do mês.


A concessionária que atende à capital informa que em 2012 investiu mais de R$ 830 milhões em manutenção e expansão do sistema. Segundo a empresa, no ano passado, a média do tempo de interrupção no fornecimento caiu19,4% em relação a 2011, ficando de 8,35 horas. O número médio de vezes em que faltou luz foi 14,9% menor do que no ano anterior (4,64 vezes). De acordo com a companhia, os números são “ resultado das melhorias implantadas pela distribuidora”.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Firjan
Indústria Criativa impulsiona economia e já representa R...
20/06/25
IBP
Leilão da 5ª Oferta Permanente tem bônus recorde
20/06/25
Tenaris
Tenaris aposta no onshore nordestino com soluções logíst...
20/06/25
Comemoração
Avanços da Inteligência Artificial no setor de petróleo ...
20/06/25
ETEP
ETEP destaca tradição, certificações internacionais e fo...
20/06/25
PPSA
Com 6,36 milhões de m³ por dia em abril, produção de gás...
20/06/25
Treinamento
OneSubsea e Senai Paraná lançam nova edição de programa ...
20/06/25
RenovaBio
AGU garante aplicação de metas de descarbonização defini...
18/06/25
Sebrae Amapá
Josiel Alcolumbre defende qualificação de mão de obra no...
18/06/25
Logística
Nova pista do Aeroporto de Macaé é inaugurada como case ...
18/06/25
Oferta Permanente
Oferta Permanente de Concessão (OPC): 5º Ciclo tem recor...
18/06/25
Apollo
Apollo destaca contrato com a Petrobras e aposta em inov...
18/06/25
RNEST
Petrobras assina contratos para a retomada da construção...
18/06/25
PPSA
10 empresas são habilitadas para disputar 74,5 milhões d...
18/06/25
Oferta Permanente
Margem Equatorial atrai majors e R$ 1 bilhão em investim...
17/06/25
Margem Equatorial
Bônus de assinatura somando R$ 989 milhões e R$ 1,45 bil...
17/06/25
Oferta Permanente
No leilão de hoje, (17/06) da Oferta Permanente a Petrob...
17/06/25
Oferta Permanente
Oferta Permanente de Concessão (OPC): 5º Ciclo tem recor...
17/06/25
Oferta Permanente
Shell Brasil adquire quatro blocos offshore em leilão da ANP
17/06/25
TAG
TAG destaca expansão da infraestrutura de gás e novos i...
17/06/25
Rio de Janeiro
Sebrae Rio promove Seminário de Transição Energética
17/06/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

22