Petróleo

Reserva gigante em Sergipe pode criar mais pressão sobre Petrobras

Que precisará administrar mais investimentos.

Valor Econômico
07/10/2013 14:35
Visualizações: 864 (0) (0) (0) (0)

 

Se confirmada descoberta de uma reserva gigante da Petrobras na bacia de Sergipe-Alagoas, a estatal terá mais um "problema" para administrar: a necessidade de mais dinheiro, equipamentos e pessoal para levar à frente os investimentos em desenvolvimento da produção na margem leste do Brasil simultâneos aos do pré-sal da Bacia de Santos e ao gigantesco Libra. Isso sem deixar cair a produção na Bacia de Campos, responsável por 80% da produção do país, e sem esquecer as novas refinarias.
A mão pesada do governo sobre os preços dos combustíveis pressiona o caixa e os indicadores de dívida da Petrobras, problema que rendeu um rebaixamento pela Moody's, o primeiro na gestão da presidente Graça Foster. O controle de preços em momento em que realiza um bilionário programa de investimentos e administra o aumento do consumo de combustíveis no país, acima da sua capacidade de produção, tem causado à Petrobras dois efeitos: ela perde quando os preços do petróleo aumentam e deve se preocupar com a descoberta de reservas. Essas últimas são a base da existência de qualquer companhia do setor mas exigem investimentos que precisam ser feitos de acordo com cronograma regulatório. Uma petroleira sem reservas não tem futuro. E no caso da Petrobras, o sucesso exploratório tem trazido grandes notícias.
Uma notícia sobre o que seria a "maior descoberta de petróleo realizada no mundo em 2013", no litoral de Sergipe, foi mencionada na sexta-feira (4) pelo secretário de Desenvolvimento Econômico daquele Estado, Saumíneo Nascimento. Segundo ele, o detalhamento será feito no dia 23, em Aracaju.
A Petrobras evita falar no assunto. Em resposta à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no dia 27 de setembro, a estatal reconheceu a importância da bacia de Sergipe-Alagoas, lembrando que fez 13 descobertas ao perfurar 16 poços que perfurou em águas profundas da região desde 2008.
Desde 2010 a Petrobras informa as expectativas de sucesso na exploração de águas profundas das margens leste e equatorial, e o bloco SEAL-11 sempre foi destacado como o de maior potencial na margem Leste, onde está a bacia de Sergipe Alagoas. Lá a Petrobras descobriu o reservatório Barra em 2010 e outros reservatórios mais profundos (até 5.500 metros) de óleo leve próximos a ele.
A agência 'Reuters' noticiou recentemente que a descoberta tem possibilidade de reservas de até 3 bilhões de barris "in situ" (dos quais em média 25% a 30% são recuperáveis, ou seja, podem ser extraídos com a tecnologia conhecida). Se a informação for verídica, e até agora um indício positivo é que a companhia não desmentiu a notícia, significa a possibilidade de se produzir ali reservas de 750 mil a 900 mil barris de petróleo e gás.
Ao não confirmar volumes, apesar das declarações precipitadas do governo de Alagoas, a Petrobras usa prudência que faltou a algumas empresas do setor, como a OGX e HRT. Descobertas dessa natureza requerem a perfuração de certa quantidade de poços para que se possa ter uma estimativa mais acurada.

Se confirmada descoberta de uma reserva gigante da Petrobras na bacia de Sergipe-Alagoas, a estatal terá mais um "problema" para administrar: a necessidade de mais dinheiro, equipamentos e pessoal para levar à frente os investimentos em desenvolvimento da produção na margem leste do Brasil simultâneos aos do pré-sal da Bacia de Santos e ao gigantesco Libra. Isso sem deixar cair a produção na Bacia de Campos, responsável por 80% da produção do país, e sem esquecer as novas refinarias.

A mão pesada do governo sobre os preços dos combustíveis pressiona o caixa e os indicadores de dívida da Petrobras, problema que rendeu um rebaixamento pela Moody's, o primeiro na gestão da presidente Graça Foster. O controle de preços em momento em que realiza um bilionário programa de investimentos e administra o aumento do consumo de combustíveis no país, acima da sua capacidade de produção, tem causado à Petrobras dois efeitos: ela perde quando os preços do petróleo aumentam e deve se preocupar com a descoberta de reservas. Essas últimas são a base da existência de qualquer companhia do setor mas exigem investimentos que precisam ser feitos de acordo com cronograma regulatório. Uma petroleira sem reservas não tem futuro. E no caso da Petrobras, o sucesso exploratório tem trazido grandes notícias.

Uma notícia sobre o que seria a "maior descoberta de petróleo realizada no mundo em 2013", no litoral de Sergipe, foi mencionada na sexta-feira (4) pelo secretário de Desenvolvimento Econômico daquele Estado, Saumíneo Nascimento. Segundo ele, o detalhamento será feito no dia 23, em Aracaju.

A Petrobras evita falar no assunto. Em resposta à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no dia 27 de setembro, a estatal reconheceu a importância da bacia de Sergipe-Alagoas, lembrando que fez 13 descobertas ao perfurar 16 poços que perfurou em águas profundas da região desde 2008.

Desde 2010 a Petrobras informa as expectativas de sucesso na exploração de águas profundas das margens leste e equatorial, e o bloco SEAL-11 sempre foi destacado como o de maior potencial na margem Leste, onde está a bacia de Sergipe Alagoas. Lá a Petrobras descobriu o reservatório Barra em 2010 e outros reservatórios mais profundos (até 5.500 metros) de óleo leve próximos a ele.

A agência 'Reuters' noticiou recentemente que a descoberta tem possibilidade de reservas de até 3 bilhões de barris "in situ" (dos quais em média 25% a 30% são recuperáveis, ou seja, podem ser extraídos com a tecnologia conhecida). Se a informação for verídica, e até agora um indício positivo é que a companhia não desmentiu a notícia, significa a possibilidade de se produzir ali reservas de 750 mil a 900 mil barris de petróleo e gás.

Ao não confirmar volumes, apesar das declarações precipitadas do governo de Alagoas, a Petrobras usa prudência que faltou a algumas empresas do setor, como a OGX e HRT. Descobertas dessa natureza requerem a perfuração de certa quantidade de poços para que se possa ter uma estimativa mais acurada.

 

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Etanol
Pedra Agroindustrial recebe autorização da ANP para inic...
04/08/25
Evento
Biocombustíveis de nova geração ganham espaço na Fenasuc...
04/08/25
Negócio
PPSA vai comercializar 500 mil barris de Atapu em agosto
04/08/25
Descomissionamento
Contrato de embarcações voltadas à campanha de prontidão...
04/08/25
Combustíveis
Etanol registra alta na última semana de julho, aponta C...
04/08/25
Contratos
Oil States consegue novos contratos com a Petrobras
01/08/25
Santa Catarina
SCGÁS garante fornecimento de gás natural em Santa Catarina
01/08/25
Gás Natural
Algás amplia a interiorização do Gás Natural com rede pi...
01/08/25
Energia Elétrica
ONS divulga resultado do 2º Mecanismo Competitivo para c...
01/08/25
Gás Natural
Gasmig reduz tarifas de gás natural para indústrias e ve...
01/08/25
Evento
O principal congresso de END & Inspeção da América Latin...
01/08/25
Brasil
Governo Trump isenta petróleo e derivados de nova tarifa...
01/08/25
Combustíveis
ANP retoma Programa de Monitoramento da Qualidade dos Co...
01/08/25
Evento
Conferência Internacional de Energias Inteligentes acont...
01/08/25
Pré-Sal
MODEC celebra 15 e 10 anos dos FPSOs MV20 e MV26
31/07/25
Biodiesel
Produção de biodiesel em MT sobe 4,64% em junho no compa...
31/07/25
Sergipe Oil & Gas 2025
Sergipe Oil & Gas 2025 reforça protagonismo do estado na...
31/07/25
Acordo
Assinado acordo de leniência com empresas de energia e i...
31/07/25
Evento
Congresso da FIEE debate segurança energética em cenário...
31/07/25
Rio Grande do Sul
Sindienergia-RS e Países Baixos fortalecem conexões para...
30/07/25
Sergipe Oil & Gas 2025
Comquality é destaque em Painel sobre segurança de Proce...
30/07/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

22