Expectativa

Rodada de Doha pode voltar após eleições nos EUA

<P>Os principais negociadores na Organização Mundial do Comércio (OMC) esperam que o fim do processo eleitoral nos Estados Unidos abra a possibilidade para que a Rodada Doha volte a ser discutida e que o processo, paralisado desde julho, seja relançado. O chanceler brasileiro Celso Amorim e o di...

O Estado de S. Paulo
09/11/2006 00:00
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Os principais negociadores na Organização Mundial do Comércio (OMC) esperam que o fim do processo eleitoral nos Estados Unidos abra a possibilidade para que a Rodada Doha volte a ser discutida e que o processo, paralisado desde julho, seja relançado. O chanceler brasileiro Celso Amorim e o diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, conversaram pelo telefone anteontem para avaliar qual caminho seria seguido por Washington e o que poderia ser feito a partir de agora entre os principais países nas negociações.

O processo foi suspenso diante de um impasse nas negociações agrícolas. Os americanos se recusaram a reduzir seus subsídios aos níveis pedidos por Brasil, Índia e Europa. Já Bruxelas se recusou a cortar suas tarifas de importação de bens agrícolas enquanto Washington não reduzisse seus subsídios. Está complicado, admitiu Lamy.

Em sua conversa telefônica, Amorim teria dito à Lamy que planeja viajar para Genebra em dezembro para uma reunião entre parlamentares de todo o mundo para discutir o futuro da OMC. A informação foi recebida na OMC como uma sugestão para que Lamy aproveite o encontro de parlamentares para promover uma reunião entre ministros dos Estados Unidos, Europa, Índia e Brasil.

Por enquanto, porém, o diretor da entidade mundial do comércio hesita em convocar uma reunião entre os ministros dos principais países, já que não haveria sinais suficientes de que americanos e europeus estariam dispostos a flexibilizar suas posições. Estamos explorando caminhos.

A hesitação de Lamy ocorre diante da falta de sinais claros por parte dos americanos. O diretor da OMC passou dez dias nos EUA para conversar com deputados e senadores sobre a posição americana nas negociações. Voltou a seu gabinete, porém, sem um sinal de que flexibilidades poderiam ser feitas nos cortes de subsídios agrícolas.

Em seu gabinete, a percepção é de que a política comercial americana dificilmente será modificada uma vez que as eleições tenham sido superadas. Mas pelo menos o tema poderia voltar a ser discutido. 

Fonte: O Estado de S. Paulo

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