A Secretaria de Portos, através do Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias (INPH), deu entrada no licenciamento ambiental para dragagem de uma área que compreende a Ponta da Areia, a Ilha da Conceição e o Gradim. O plano diretor da obra foi apresentado na segunda semana de fevereiro aos representantes das secretarias estaduais de Ambiente e de Desenvolvimento Regional, Abastecimento e Pesca, de estaleiros e do governo federal.
A fase inicial do projeto está marcada para começar em março, com a retirada de embarcações abandonadas na região. Para a dragagem será necessário a realização de licitação, que acontecerá ainda este ano.
O plano diretor de dragagem da região portuária de Niterói e dos canais de acesso aos estaleiros da cidade e de São Gonçalo prevê a remoção de mais de cinco milhões de metros cúbicos de argila e areia - desses, 194 mil contaminados. O material dragado será removido para mar aberto, a 11 quilômetros das Ilhas Cagarras e a dez da região das praias oceânicas de Niterói. No total, o governo federal deve investir R$ 190 milhões no projeto.
O desassoreamento prevê a criação de cinco canais com calados que variam de cinco a 11 metros de profundidade. Além da região da Ilha da Conceição, receberão novas vias navegáveis o trecho entre a Ponta da Armação e o porto; o entorno da Ilha de Mocanguê; e as novas áreas portuárias em São Gonçalo. No total, cinco milhões de metros cúbicos de sedimentos serão removidos.
Em janeiro, técnicos da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Regional, Abastecimento e Pesca apresentaram um relatório que aponta a remoção de 17 embarcações como prioritárias no processo de dragagem da região. A retirada já deve começar em março e será feita por meio de cabos. De acordo com o INPH, para remover as embarcações de grande porte, será feita uma parceria com a Marinha.