Cinquenta e uma operações foram realizadas pelo BNDES visando energia limpa e renovável, para apoiar geração e transmissão no país
Redação TN Petróleo/Assessoria MMEO ano de 2023 marcou um grande esforço pela transição energética no Brasil. Como parte dos trabalhos do Ministério de Minas e Energia (MME) para fortalecer as políticas nesta área, os financiamentos para projetos em energia limpa e renovável tiveram um importante aumento no ano passado. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aumentou em 62% os investimentos em energia limpa, em relação a 2022, segundo levantamento divulgado pela instituição. O total aportado foi de R$ 19,6 bilhões nesse segmento.
Ao todo, foram 51 operações aprovadas pelo BNDES com foco em transição energética e mudança climática, o que representa um terço dos investimentos realizados pela instituição financeira no ano passado. A título de comparação, o banco fechou 2023 com R$ 37,5 bilhões em projetos de transportes, logística, mobilidade e saneamento.
O banco estatal financiará empreendimentos como o Complexo Eólico Babilônia Centro, localizado na Bahia. O financiamento foi de R$ 3,16 bilhões, o maior aporte já aprovado pelo BNDES para geração renovável. A usina terá capacidade instalada de 553,5 megawatts (MW). A estimativa é que o complexo de energia eólica evite a emissão de 950 mil toneladas de CO2.
Recorde
O Brasil fechou 2023 com o recorde anual de expansão da geração de energia elétrica. Foram adicionados 10,3 gigawatts (GW) de capacidade instalada em território nacional, sendo 87% oriundos de usinas fotovoltaicas e solares. Ao total, 291 empreendimentos entraram em funcionamento no ano passado.
Na área de transmissão de energia, os dois leilões realizados em 2023 contrataram a construção de 10.655 quilômetros de linhas. Os investimentos totalizam R$ 37,4 bilhões e a expectativa é que sejam gerados 97 mil empregos diretos e indiretos.
As obras leiloadas em anos anteriores tiveram andamentos importantes em 2023. A extensão registrada no ano passado foi de 5,3 mil km de novas linhas de transmissão. Com esse acréscimo na infraestrutura, o Sistema Interligado Nacional (SIN) terá condições de escoar energia limpa e renovável excedente, gerada a partir das regiões Norte e Nordeste para o restante do país.
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