Banco Central

Senadores elogiam indicação de Ilan Goldfajn

Agência Brasil/Redação
17/05/2016 18:34
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A indicação do economista Ilan Goldfajn, do Itaú-Unibanco, para presidência do Banco Central foi bem recebida por senadores. Apesar disso, a maioria dos parlamentares ouvidos pela Agência Brasil disse que não há clima no Congresso para aprovar propostas que resultem em criação ou aumento de impostos.

A ideia de recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e a proposta de aumento de alíquota do imposto sobre combustíveis - conhecido como Cide (Contribuição sobre Intervenção no Domínio Econômico) - não foram confirmadas pelo novo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que também não descarta a possibilidade.

Mesmo se necessária, a medida é rejeitada, por exemplo, pelo líder do PSDB, Cássio Cunha Lima (PB), que apoia o governo do presidente interino Michel Temer e comanda hoje três ministérios.

“O que o governo não pode fazer é o caminho mais fácil e que sempre foi utilizado, que é aumentar carga tributaria. Sempre tivemos uma posição contrária a esse caminho e essa posição está mantida”, afirmou Cunha Lima. Segundo ele, o ajuste fiscal tem de começar pelo lado [ do corte] da despesa e não pelo campo da receita, que sacrificará ainda mais o trabalhador, o empresário e trará uma dificuldade maior para o processo de atividade econômica que o Brasil precisa”, defendeu.

O líder do Democratas na Casa, Ronaldo Caiado (GO), pensa do mesmo modo. O senador destacou que “ não há clima para aumento de impostos”. Disse que a sociedade deseja ver primeiro quais são os cortes, as mudanças e quais são realmente as economias que o governo está fazendo para não ampliar despesas.

O parlamentar goiano acrescentou que Meireles demostrou que já tem o comando total da pasta e a cautela necessária. “Ele foi bem direto em mostrar as reformas que tem de ser feitas, as mudanças, [a preocupação] com as contenções de gastos, a fim de que, aí sim, possa apresentar alterativas que venham tirar o Brasil do caos e do colapso que o governo do PT enfiou o Brasil nesses últimos anos”, afirmou Caiado.

Ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do governo Dilma, Armando Monteiro também elogiou a escolha de Meireles para o comando do Banco Central. Informou que Goldfajn é um homem muito experiente e conhecedor da realidade do mercado financeiro, perfil, segundo ele, fundamental para “dar passos com cautela”.

“Acho que temos um quadro de ajuste fiscal severo que precisa se completar . A presidenta Dilma promoveu uma série de ações no passado que apontavam firmemente para esse processo de ajuste. Infelizmente isso não se completou em grande medida pela luta política instalada no Congresso. Uma série de medidas não foi aprovada ou foi aprovada parcialmente. O Brasil precisa completar processo de estabilização fiscal”, disse o senador.

Monteiro enende que o setor empresarial deve ter compreensão de que, mais do que benefícios de ordem setorial, "o fundamental agora é que se promova o ajuste macroeconômico. Sem ele, o país não vai poder retomar os investimentos.”

Sobre o papel do Congresso, Armando Monteiro afirmou que deputados e senadores precisam oferecer apoio às medidas do ajuste fiscal. Segundo ele, os parlamentares não devem assumir posições da chamada pauta-bomba para crirar despesas no momento em que país precisa promover um ajuste.

Vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT-AC) disse que não tem nenhuma esperança com a equipe anunciada. “Não tenho nenhuma esperança de mudança, porque se adota o mesmo remédio para uma situação que estava todo mundo reclamando.”

Para Viana, o Brasil está cansado do fato de que oito entre cada dez palavras ditas pela nova equipe econômica são sobre o “ mercado”.

“Essa coisa invisível que, às vezes, leva alguns países ao caos. Nunca fui radical em nada. Nunca torci pelo quanto pior, melhor, mas é mais do mesmo? Vamos seguir pagando R$ 500 trilhões em juros. Você tira um banqueiro de um banco privado e põe para cuidar de um banco que tinha de ser dos brasileiros. Não acredito nessa solução que, para mim, é simplesmente mais do mesmo”, criticou.

Sabatina

Para serem efetivados nos cargos os novos indicados para presidência e diretorias do Banco Central (BC) precisam ser sabatinados e aprovados pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Após votação na CAE, os nomes também precisam ser aprovados pelo plenário da Casa.

Até o fechamento da matéria as indicações ainda não haviam chegado à Comissão e portanto, ainda não há data para realização dessas sabatinas. Até lá, Alexandre Tombini permance à frente do BC.

 

 

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