Projeto Sergipe Águas Profundas e operações da Carmo Energy reforçam o potencial do estado no cenário da produção de petróleo no Brasil.
Redação TN Petróleo/Assessoria SedetecNeste domingo, 29 de setembro, é celebrado mundialmente o Dia do Petróleo. Historicamente, o recurso representa um dos principais eixos de geração de empregos, investimentos e oportunidades para Sergipe. Por isso, as ações no setor seguem ocupando posição de destaque no planejamento estratégico do Governo do Estado, conduzidas pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec).
Sergipe sempre foi reconhecido como importante produtor de petróleo e gás natural em terra e mar. Contudo, a partir de 2012, novos campos exploratórios em águas ultraprofundas foram descobertos no litoral sergipano. As reservas recém-reveladas foram apontadas como a maior fronteira de exploração e produção petrolífera no Brasil, depois do pré-sal. Nesse cenário, a Petrobras, em seu plano estratégico, indica um investimento de US$ 5 bilhões para o desenvolvimento do projeto Sergipe Águas Profundas (Seap).
Quando estiver em pico de produção, o Seap terá a capacidade de disponibilizar ao mercado 240 mil barris de petróleo por dia, além de 18 milhões de metros cúbicos de gás por dia. “Essas descobertas posicionaram Sergipe como uma das frentes mais promissoras na produção de petróleo e gás no Brasil. Os investimentos são um marco que reafirma nosso compromisso com a geração de empregos e recursos para o estado”, destaca o titular da Sedetec, Valmor Barbosa.
Durante a 3ª edição do ‘Sergipe Oil & Gas’, realizada em julho deste ano, a diretora de Exploração e Produção (E&P) da Petrobras, Sylvia Anjos, reforçou o compromisso da estatal em implantar o projeto em Sergipe, e afirmou que a intenção da companhia é manter o prazo do Seap para 2028. “Estamos prontos para começar o desenvolvimento de reservas em novas fronteiras, essencial para a soberania energética do Brasil”, pontuou durante sua participação.
Em recente participação no Rio Oil & Gas (ROG.e), Sylvia Anjos também informou que a Petrobras optou pelo modelo BOT (construção, operação e transferência, na sigla em inglês) para contratação dos dois FPSOs voltados ao projeto Sergipe Águas Profundas. A iniciativa representa mais um passo para a materialização do projeto.
Produção onshore
O protagonismo de Sergipe também se sobressai na produção de petróleo em campos terrestres. O estado abriga o maior campo onshore do Brasil: o Polo Carmópolis, que inclui 11 campos de petróleo e gás e foi adquirido em 2022 pela Carmo Energy. A empresa está investindo na recuperação de poços e na ampliação da produção, que atualmente chega próxima a 8,6 mil barris de óleo/dia.
A Carmo Energy planeja atingir uma produção de 25 a 30 mil barris de petróleo por dia nos próximos anos. Além disso, a empresa registrou 489 empregos diretos e 3.260 vagas terceirizadas, com mais de 70% da equipe composta por profissionais sergipanos. Após o primeiro ano de operação, a Carmo Energy registrou aumento de 150% na produção diária e projeta investimentos de US$ 596 milhões.
A operação da Carmo Energy inclui os campos de Carmópolis, Aguilhada, Angelim, Aruari, Atalaia Sul, Brejo Grande, Castanhal, Ilha Pequena, Mato Grosso, Riachuelo e Sirizinho. O trabalho abrange infraestrutura de processamento, escoamento, armazenamento e transporte de petróleo e gás natural. Também inclui o Polo Atalaia, onde está contido o Terminal Aquaviário de Aracaju (Tecarmo), e o oleoduto Bonsucesso-Atalaia, que escoa a produção de óleo de Carmópolis até o Tecarmo.
“A indústria de óleo e gás em Sergipe alcançou maturidade e vem se reinventando com o passar dos anos. É uma atividade que se iniciou nos anos 60 e mobilizou todo o setor produtivo no estado. Hoje, com a produção capitaneada pela Carmo Energy e as perspectivas trazidas pelo projeto Sergipe Águas Profundas, o estado passa por um novo momento. A administração estadual segue focada em ofertar todas as condições para que esse ciclo aproveite e desenvolva todo o potencial que Sergipe reúne e que é reconhecido dentro e fora do país”, conclui Valmor Barbosa.
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