Estudo

Setor de óleo e gás precisa de mudanças para manter competitividade

País pode perder mercado para mercados em expansão.

Revista TN Petróleo, Redação com Assessoria
10/02/2014 16:43
Visualizações: 1465

 

As incertezas e entraves no setor de óleo e gás no Brasil, relativos à regulamentação, inovação, gerenciamento, infraestrutura, recursos humanos e legislação, podem afastar investidores. Esta é a conclusão do estudo “Perspectivas para a indústria de Óleo e Gás no Brasil”, desenvolvido pela EY (antiga Ernst & Young). A análise mostra ser necessário um ajuste na política do governo para que o país seja competitivo no setor, continue no foco do capital estrangeiro e suporte o desenvolvimento da indústria nacional. Caso contrário, o Brasil deve perder espaço para mercados em expansão como México e África Ocidental.
Segundo o Centro de Energia e Recursos Naturais da EY, cinco áreas precisam de atenção e reavaliação para obtenção de melhores resultados em meio a expectativas positivas de desenvolvimento do setor: Capital Humano, Inovação Tecnológica, Infraestrutura, Investimentos e Modernização do Ambiente Regulatório, especialmente no que se refere à carga tributária.
Hoje o Brasil apresenta deficiências nesses cinco aspectos. A demanda por profissionais qualificados aumenta e não há cursos específicos para o setor de óleo e gás; existem tecnologias e insumos que não são supridos no mercado nacional; ainda é um desafio o gerenciamento dos vultosos e complexos investimentos no setor e a entrega bem sucedida de projetos é fundamental para manter a confiança do mercado; o país deverá desenvolver grande infraestrutura logística considerando a distância dos blocos do pré-sal com o continente (350 km) e desenvolver malha de gasodutos em regiões ainda deficitárias; além da necessidade de leis mais claras.
O estudo faz ainda um comparativo entre as políticas e resultados alcançados na Noruega e Inglaterra com os desafios que devem ser superados pelo Brasil. No caso da Noruega, o desenvolvimento se deu com o fortalecimento da indústria e a produção teve ritmo de desenvolvimento mais lento, respeitando as diferentes fases da exploração e produção. Além disso, houve forte financiamento de pesquisas para avanço tecnológico e foi adotado um regime tributário simples e transparente.
Já na Inglaterra, o desenvolvimento da indústria foi focado na maximização da receita no curto prazo, opção que trouxe bons resultados no início, mas levou a uma produção irregular na fase de crescimento e uma forte queda a partir do ano de 2000. Não havia estratégia de estímulo à pesquisa e eram constantes as mudanças no regime fiscal.
“O Brasil diz adotar o modelo da Noruega, considerado mais sólido, estruturado e voltado para o longo prazo. No entanto, na prática o país segue nos moldes da Inglaterra ao exigir um forte programa de investimentos para o aumento da produção no curto prazo”, afirma Carlos Assis, sócio líder do Centro de Energia e Recursos Naturais da EY.
Para Assis, não dá para exigir conteúdo local alto a curto prazo ao mesmo tempo em que se exige crescimento acelerado da produção. “É necessária a adoção de medidas claras e a criação de um ambiente regulatório que incentive a concorrência leal, o que teria impactos positivos para o desenvolvimento do setor de óleo e gás. Não se cria indústria com programa de aceleração da produção. Estão exigindo dos fornecedores prazos muito curtos para fabricar equipamentos com alto grau de sofisticação”, explica o executivo.

As incertezas e entraves no setor de óleo e gás no Brasil, relativos à regulamentação, inovação, gerenciamento, infraestrutura, recursos humanos e legislação, podem afastar investidores. Esta é a conclusão do estudo “Perspectivas para a indústria de Óleo e Gás no Brasil”, desenvolvido pela EY (antiga Ernst & Young). A análise mostra ser necessário um ajuste na política do governo para que o país seja competitivo no setor, continue no foco do capital estrangeiro e suporte o desenvolvimento da indústria nacional. Caso contrário, o Brasil deve perder espaço para mercados em expansão como México e África Ocidental.

Segundo o Centro de Energia e Recursos Naturais da EY, cinco áreas precisam de atenção e reavaliação para obtenção de melhores resultados em meio a expectativas positivas de desenvolvimento do setor: Capital Humano, Inovação Tecnológica, Infraestrutura, Investimentos e Modernização do Ambiente Regulatório, especialmente no que se refere à carga tributária.

Hoje o Brasil apresenta deficiências nesses cinco aspectos. A demanda por profissionais qualificados aumenta e não há cursos específicos para o setor de óleo e gás; existem tecnologias e insumos que não são supridos no mercado nacional; ainda é um desafio o gerenciamento dos vultosos e complexos investimentos no setor e a entrega bem sucedida de projetos é fundamental para manter a confiança do mercado; o país deverá desenvolver grande infraestrutura logística considerando a distância dos blocos do pré-sal com o continente (350 km) e desenvolver malha de gasodutos em regiões ainda deficitárias; além da necessidade de leis mais claras.

O estudo faz ainda um comparativo entre as políticas e resultados alcançados na Noruega e Inglaterra com os desafios que devem ser superados pelo Brasil. No caso da Noruega, o desenvolvimento se deu com o fortalecimento da indústria e a produção teve ritmo de desenvolvimento mais lento, respeitando as diferentes fases da exploração e produção. Além disso, houve forte financiamento de pesquisas para avanço tecnológico e foi adotado um regime tributário simples e transparente.

Já na Inglaterra, o desenvolvimento da indústria foi focado na maximização da receita no curto prazo, opção que trouxe bons resultados no início, mas levou a uma produção irregular na fase de crescimento e uma forte queda a partir do ano de 2000. Não havia estratégia de estímulo à pesquisa e eram constantes as mudanças no regime fiscal.

“O Brasil diz adotar o modelo da Noruega, considerado mais sólido, estruturado e voltado para o longo prazo. No entanto, na prática o país segue nos moldes da Inglaterra ao exigir um forte programa de investimentos para o aumento da produção no curto prazo”, afirma Carlos Assis, sócio líder do Centro de Energia e Recursos Naturais da EY.

Para Assis, não dá para exigir conteúdo local alto a curto prazo ao mesmo tempo em que se exige crescimento acelerado da produção. “É necessária a adoção de medidas claras e a criação de um ambiente regulatório que incentive a concorrência leal, o que teria impactos positivos para o desenvolvimento do setor de óleo e gás. Não se cria indústria com programa de aceleração da produção. Estão exigindo dos fornecedores prazos muito curtos para fabricar equipamentos com alto grau de sofisticação”, explica o executivo.

 

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Logística
Santos Brasil recebe autorização para operar com capacid...
16/12/25
Indicadores
ETANOL/CEPEA: Indicadores são os maiores da safra 25/26
16/12/25
Sergipe
Projeto Sergipe Águas Profundas reforça expansão da ofer...
15/12/25
Etanol
Hidratado sobe pela 9ª semana seguida
15/12/25
Meio Ambiente
Shell Brasil, Petrobras e CCARBON/USP lançam o Carbon Co...
12/12/25
Energia Solar
Desafios de topografia na geração de energia solar: conh...
12/12/25
Oferta Permanente
Seminário da ANP apresenta informações sobre a Oferta Pe...
12/12/25
Drilling
SLB conclui a construção do primeiro poço de injeção de ...
12/12/25
Drilling
Shell assina contrato com a Valaris para uso de sonda of...
12/12/25
Royalties
Estudo revela proporção de royalties na receita municipa...
12/12/25
Sergipe Oil & Gas 2026
SOG26 destaca Sergipe como nova fronteira na produção de...
12/12/25
Biocombustíveis
Sessão especial celebra 8 anos do RenovaBio e reforça su...
12/12/25
Navegação Interior
A Revolução Livre de Graxa no setor de embarcações de se...
12/12/25
Reconhecimento
IBP conquista novamente o "Oscar dos Eventos" com a ROG....
11/12/25
Firjan
Rio pode ganhar mais 676 mil empregos com estímulo a 9 n...
10/12/25
Reconhecimento
Programa Nacional de Transparência Pública concede certi...
10/12/25
Combustíveis
Com novo aumento do ICMS para 2026, impacto nos preços d...
10/12/25
PPSA
Contratos de partilha vão produzir 2 milhões de barris a...
10/12/25
Logística
Transpetro amplia atuação logística com integração da PB...
09/12/25
Posicionamento IBP
Imposto Seletivo sobre petróleo e gás ameaça exportações...
09/12/25
Energia Solar
ArcelorMittal e Atlas Renewable Energy concluem construç...
09/12/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.