CNI, BDI e LADW entregaram uma declaração conjunta com prioridades da indústria ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao primeiro-ministro alemão, Olaf Scholz, nesta segunda-feira (30)
Redação TN Petróleo/Agência CNI de NotíciasA Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Federação das Indústrias Alemãs (BDI, na sigla em inglês) e a Comissão de Negócios Alemães da América Latina (LADW, na sigla em inglês) se reuniram com uma comitiva de empresários e integrantes dos respectivos governos, nesta segunda-feira (30), no Palácio do Planalto, em Brasília. Na ocasião, os representantes do setor industrial assinaram e entregaram ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a Olaf Scholz uma declaração conjunta com ações prioritárias para fortalecer os laços comerciais e políticos entre as economias.
O documento destaca ações necessárias como a conclusão do acordo entre União Europeia e Mercosul, iniciado em 2019 e considerado fundamental para aprofundar a relação econômica; a modernização do plano de ação da parceria estratégica entre Alemanha e Brasil, que está em vigor desde 2008 e precisa ser atualizado e ampliado; o lançamento das negociações para celebrar um novo e moderno acordo bilateral para evitar a dupla tributação (ADT) entre os países; o apoio à continuidade do processo de entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE); e a promoção de iniciativas de digitalização e Indústria 4.0, com temas como tecnologia 5G, segurança cibernética e transição energética sustentável.
O presidente enfatizou a importância da primeira das cinco prioridades listadas na declaração conjunta, o acordo entre Mercosul e União Europeia. “Entendemos que o contexto atual reforça ainda mais a necessidade de concluir formalmente o Acordo Mercosul-UE. A indústria brasileira tem necessidade de aprofundar a integração internacional de forma estratégica e o avanço para a conclusão e posterior entrada em vigor do acordo seria um passo fundamental nessa direção, trazendo benefícios concretos no âmbito bilateral e regional da nossa parceria com Alemanha” explica Andrade.
Os benefícios econômicos de uma relação de longa data entre ambas as economias tornaram a Alemanha o quarto principal parceiro comercial brasileiro, e o Brasil, o principal parceiro alemão na América do Sul. Em 2022, o comércio bilateral de bens entre os países atingiu US$ 19,1 bilhões – o maior recorde desde 2014 – e em 2021 o comércio bilateral em serviços totalizou US$ 1,78 bilhões, enquanto os estoques de investimento estrangeiro representaram US$ 14,5 bilhões.
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